Programa vai salvar 6 mil empregos no ABC, dizem sindicatos

Cada uma das entidades prevê que cerca de 3 mil desligamentos serão evitados em suas respectivas bases (Foto: Banco de Dados)

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá preveem que cerca de 6 mil empregos serão preservados na região como resultado da implantação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Anunciado pelo governo federal na semana passada, o PPE tem como objetivo conter as demissões que se intensificaram nos últimos meses por causa da crise. Cada uma das entidades prevê que cerca de 3 mil desligamentos serão evitados em suas respectivas bases.

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“Esse número foi baseado no excesso de mão-de-obra que foi declarado pelas empresas, tanto autopeças como montadoras, que está neste patamar de 3 mil trabalhadores. Se não tivesse um programa como esse, uma hora iriam perder esses postos de trabalho”, afirma Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que atua em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Em Santo André e Mauá predominam as fabricantes de autopeças, que segundo o sindicato, demitiram 2,5 mil pessoas no ano passado. “Se esse plano tivesse sido lançado antes, provavelmente parte desses trabalhadores não teria sido demitida”, avalia o presidente do sindicato, José Braz Fofão. “De qualquer maneira, o PPE é muito positivo porque muitas autopeças estavam se preparando para demitir funcionários no segundo semestre”.

O Programa de Proteção ao Emprego permite que as empresas reduzam em até 30% a jornada de trabalho e o salário dos funcionários. Em contrapartida, o empregador se compromete a não promover demissões durante o período de vigência do acordo.

A General Motors, responsável pela maior parte dos metalúrgicos representada pelo Sindicato de São Caetano, não vai aderir ao PPE.

Rossetto
Nesta segunda-feira (13), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, esteve no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para falar sobre o Programa de Proteção ao Emprego e negou que falte interesse das empresas em participar.

“Precisamos dar um tempo ao programa, que foi lançado há uma semana. Estamos divulgando e recebendo vários pedidos de informações. Creio que o programa terá uma adesão positiva das empresas. Até o dia 22 todas as regras serão definidas e queremos que seja um instrumento forte para evitar demissões e garantir empregos”, afirmou Rossetto.

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