MP investiga obras na represa Billings

A principal obra do governo do Estado para combater a crise hídrica entrou na mira do Ministério Público. Orçada em R$ 130 milhões, a ligação entre a Billings e o sistema Alto Tietê é apontada pelos promotores como uma intervenção de alto risco, que pode aumentar a poluição nos mananciais que atendem a região metropolitana.

Os 22 km de adutoras que estão em construção vão levar água da represa para moradores hoje atendidos pelos sistemas Alto Tietê e Cantareira, os dois reservatórios que estão em situação mais crítica. O que levou o MP a abrir inquérito sobre o caso foi o temor de que a interligação espalhe poluição para rios e lagos considerados mais limpos.

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A Billings hoje sofre com poluição pesada que é causada, entre outros motivos, pelo despejo da água do Rio Pinheiros na represa. É essa água contaminada que o Ministério Público que evitar que seja “espalhada” por cursos de água da grande São Paulo. A previsão do governo do Estado é terminar a obra em setembro.

Crise
Desde que começou a crise hídrica, a Billings virou peça central na estratégia do governo do Estado no combate ao desabastecimento. O Rio Grande, braço mais limpa da represa que atende o ABC e bairros da Zona Sul de São Paulo, está em situação tranquila, com 93% da capacidade. O Cantareira segue no volume morto, com 19,6%.

Desde abril a represa, que antes abastecia somente São Bernardo, Diadema e parte da Santo André, passou também a atender cerca de 250 mil moradores de bairros como Pedreira, Cidade Júlia e Jardim Rubilene, na Capital.

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