Conserto de vazamento de água sofre abandono em Mauá

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O RD recebeu nesta terça-feira (23) reclamações de moradores sobre o abandono de uma obra de reparo em um vazamento na avenida do Manacá, no Jardim Anchieta, em Mauá. Há dois meses, a reportagem publicou matéria sobre a demora na prestação do serviço para o conserto do vazamento.

Leia aqui: Desperdício de água em Mauá preocupa moradores

Depois da publicação, a Prefeitura realizou o conserto no dia seguinte, mas a obra foi abandonada antes do término e os funcionários preencheram os buracos feitos somente com terra e cascalhos. Desde então, ninguém compareceu ao local para a finalização do serviço.

Serviço está abandonado há mais de dois meses (Foto: Pedro Diogo)

A aposentada Maria Aparecida de Almeida, 62, conta que quando o tempo está seco, os carros passam e sobe muita poeira e ela não consegue manter a casa limpa. “Eu já sofro de rinite alérgica e ainda preciso ficar passando pano todos os dias. Teve um dia que eu peguei uma vassoura tirei dois baldes cheios de poeira”, afirma. Além disso, em tempo chuvoso, Maria Aparecida diz que toda a terra vira lama e ela acaba ocupando toda a calçada.

Segundo a pensionista, que ligou para a Sama (Saneamento Ambiental do Município de Mauá) para tirar satisfação, a previsão era de que funcionários da autarquia fossem até o local no último dia 20 (sábado) para fazer a pavimentação da via. “Já faz mais de dois meses que nós estamos esperando e não fizeram nada até agora”, desabafa a aposentada.

A moradora Eliene Carvalho da Silva Anjos, 43, reclama do barulho que os veículos fazem por conta das crateras e explica que a via se tornou muito deserta. “Antes a rua era muito movimentada, mas agora quase nenhum carro passa por aqui”, lamenta.

Moradores afirmam que poeira prejudica pessoas que já têm problemas respiratórios (Foto: Pedro Diogo)

Outra moradora do local se queixa do descaso do governo com a população. “É uma vergonha. Quando chega época de eleição eles pedem votos, mas nunca fazem benfeitorias”, esbraveja Joselita Lima de Jesus Silva.

A cabeleireira também diz que a economia de água é cobrada, fazendo com que a casa permaneça suja por conta da poeira “Antes eu até usava a água do tanque, mas nem adianta mais. Eu limpo e logo já está sujo de novo.”

A reportagem entrou em contato com a Sama para saber o motivo do abandono e qual o prazo para a conclusão da obra, mas a autarquia informou por meio de nota que, até o contato do RD, não havia nenhum chamado aberto para o fechamento dos buracos, mas que o caso será tratado como prioridade e atendido nos próximos dias.