Servidores de Santo André aceitam nova proposta de reajuste salarial

Funcionários receberão 4% de reajuste retroativo a abril, 4% em abril de 2016 e abono de R$ 700 em janeiro.

A campanha salarial dos servidores de Santo André teve desfecho nesta terça-feira (2), depois de semanas de negociação da Prefeitura com o Sindserv (Sindicato dos Servidores). O Paço elaborou de última hora uma nova proposta, que acabou sendo aceita pela categoria em assembleia.

Os trabalhadores terão 4% de reajuste retroativo a abril, 4% em abril de 2016 e ganharão abono de R$ 700 no final de janeiro. A Prefeitura se comprometeu ainda a aplicar no ano que vem, sem parcelamento, a reposição inflacionária do período de abril de 2015 a março de 2016.

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O projeto de lei sobre o reajuste do funcionalismo, que foi enviado na semana passada pelo prefeito Carlos Grana (PT), foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal nesta terça-feira, antes mesmo da assembleia dos servidores acontecer. O texto previa aumento de 4% em abril e 4% em dezembro, sem abono.

Como a Prefeitura apresentou uma nova proposta, que foi aceita pelo funcionalismo, o prefeito Carlos Grana vai enviar uma mensagem aditiva para o Legislativo, mudando o teor do projeto de lei. Na próxima terça-feira (9) os parlamentares analisarão o texto em segunda votação, já com a nova redação.

Para o presidente do Sindserv Santo André, o reajuste aprovado nesta terça foi o possível devido à conjuntura econômica do município.

“Chegamos num limiar em que a administração não avançaria mais. Analisando a conjuntura regional também, vimos que mesmo com a paralisação o pessoal de São Bernardo não conquistou muito mais que a gente. A categoria acabou entendendo que essa proposta seria a menor pior”, afirma Carlos Alberto Pavan.

Os servidores vão propor à administração que seja abonada a falta dos funcionários da assistência social que se ausentaram no dia 21 de maio para realizar protestos por ruas da região central de Santo André. A Prefeitura deve aceitar a proposta da categoria.

São Bernardo

Com o fim da campanha salarial em Santo André, São Bernardo passa a ser o único município da região onde o reajuste dos servidores ainda não foi definido. O Sindserv São Bernardo pretende criar um fundo de greve para ajudar os trabalhadores que estão de braços cruzados e tiveram os salários descontados pela Prefeitura.

A ideia é procurar empresas e entidades parceiras para contribuir com o fundo. A greve chega nesta quarta-feira (3) ao 22º dia de paralisação. Nesta terça não houve nova rodada de negociação.

O impasse que ainda prolonga a greve diz respeito justamente aos dias parados. O Sindserv quer que o governo permita à categoria compensar os dias, evitando assim desconto nas remunerações. Além disso, o sindicato pede que as ausências sejam lançadas como “greve”, não como “falta injustificada”, para evitar a perda de benefícios.

Durante a manhã desta terça os servidores voltaram a fazer protesto pelas ruas do Centro. Os funcionários públicos se concentraram no Paço e depois ocuparam o atendimento do Rede Fácil, praça de atendimento ao munícipe localizada no térreo do prédio da Prefeitura.

Nesta quarta nova concentração está prevista no Paço, às 8h. Será realizada uma assembleia, às 17h, na Praça Santa Filomena.

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