Servidores protestarão em evento de Marinho

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O presidente do Sindicato do Servidores de São Bernardo, Giovani Chagas, disse que a greve da categoria vai continuar até que a Prefeitura apresente uma proposta de aumento salarial que seja aceitável. O sindicalista adiantou que as passeatas terão continuidade nesta terça-feira (26/5) e que os grevistas pretendem fazer uma manifestação em frente ao hotel Palm Leaf, na Chácara Inglesa, onde o prefeito Luiz Marinho vai lançar o Cadastro Geral das Indústrias, às 9h, em evento que deve ter o comparecimento de empresários da cidade.

A reivindicação dos servidores é de reposição salarial das perdas inflacionárias de março de 2014 a fevereiro de 2015, além de aumento real de 4,5%, vale-refeição de R$ 22,97 ao dia (hoje é de R$ 10), vale-transporte, entre outros benefícios. A Prefeitura ofereceu 7,68% de reajuste, parcelado em duas vezes: 2,5% agora (retroativo a março) e o restante em dezembro.
“A greve continua amanhã (terça), a partir da 6h no Paço Municipal. Também faremos panfletagem nos bairros e pretendemos nos dirigir ao evento em que o prefeito vai se reunir com empresários na Chácra Inglesa. Sá vamos parar quando a proposta for adequada para discutirmos”, afirmou Chagas.

Segundo o sindicalista, cerca de 60% dos servidores estão parados e as manifestações de rua costumam reunir em torno de 5 mil pessoas. “Servidores das áreas de Educação, Guarda Municipal, Serviços Urbanos e Assistência Social foram os que mais aderiram ao movimento”.

O secretário de Administração e Modernização Administrativa de São Bernardo, José Augusto Pereira, disse que a proposta foi feita com base naquilo que a Prefeitura pode pagar. Segundo ele, por conta da crise econômica a arrecadação da cidade caiu, o que inviabiliza um reajuste maior. “Houve queda da receita e isso tem acontecido em todo o País. Não adianta propor um índice mais alto e depois não conseguir cumprir. O ideal é que o percentual de aumento seja um índice possível de honrar”, argumentou o secretário.

Chagas contesta o secretário e diz que apresentou um estudo, com base em informações obtidas no Portal da Transparência, que mostra que a Administração teria plena capacidade de honrar o reajuste exigido pela categoria. “Apesar de todo nosso esforço, a Prefeitura insiste em negar uma proposta melhor”.

Descontos
O secretário de Administração disse que a Prefeitura não vai coagir ou agir de forma arbitrária para acabar com as manifestações, mas deixou claro que pretende descontar os dias parados. “A manifestação é um direito deles. Apenas lamento que ela ocorra em meio a uma negociação. Se já tivéssemos batido o martelo eu até entenderia. Mas não é o caso e vamos descontar os dias parados. Espero que haja bom senso, pois quem sai prejudicado é o munícipe”, afirmou Pereira.

A declaração deixou o presidente do sindicato apreensivo, pois segundo ele, a Prefeitura teria dito que os dias parados não seriam empecilho para o andamento das negociações. “Agora, fomos informados de que eles (a Prefeitura) fazem o levantamento dos servidores que participam da greve. Se o governo tomar essa atitude a situação só vai piorar”, disse Chagas.