Michels sinaliza repor inflação para servidores de Diadema

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Avançaram nesta sexta-feira (24) as negociações entre a prefeitura de Diadema e o Sindema (Sindicato dos Servidores), que podem resultar no fim da greve da categoria nos próximos dias. Em reunião realizada pela manhã, representantes do governo Lauro Michels (PV) sinalizaram que o reajuste salarial poderá repor a inflação, uma das principais reivindicações da categoria.

O governo ainda não apresentou uma proposta oficial. Isso vai acontecer na manhã da próxima segunda-feira (27), em nova reunião entre sindicato e Prefeitura. A expectativa dos servidores é que a administração apresente algo próximo de 7,89% (índice de inflação), mas de forma parcelada. “Na segunda-feira vão nos apresentar a proposta oficial”, explica o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno. Uma assembleia será realizada à tarde para avaliar a proposta e decidir se a greve continua.

Funcionários públicos de todo o ABC estão em campanha salarial, mas Diadema foi a única cidade onde os profissionais chegaram ao ponto de cruzar os braços. A paralisação teve início no dia 15 de abril e foi motivada pela insatisfação com a proposta inicial da Prefeitura, de reajustar os salários em apenas 3,5%.

Na semana passada, o prefeito fez duras críticas à paralisação. “São pessoas que têm partido que pararam de trabalhar. A greve tem muito mais motivação política do que luta pelo interesse dos funcionários”, afirmou Michels. A Prefeitura alega que está em dificuldades financeiras e que não pode se comprometer com reajuste que possa levar o Executivo a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

São Bernardo
Nesta sexta-feira servidores municipais de São Bernardo realizaram ato na Praça Santa Filomena, no Centro, como forma de registrar insatisfação na forma como a Prefeitura tem tratado as negociações. A pauta foi apresentada pela categoria no dia 13 de fevereiro, e o governo Marinho quer adiar o início da negociação para maio.

“É um desrespeito com a nossa categoria a Administração postergar a data da negociação para o mês de maio, a nossa data-base é março, apresentamos nossa pauta no dia 13 de fevereiro, já para não ter atraso e o que o prefeito fez? Brincou com a gente!”, afirmou o presidente do Sindserv São Bernardo, Giovani Chagas. A categoria pede 12,5% de aumento.

Santo André
Está marcada para o dia 5 de maio assembleia para definir os próximos passos da campanha salarial em Santo André. A mais recente proposta da Prefeitura, de reajustar o salário em 8%, de forma parcelada, foi recusada pelos servidores. O governo Carlos Grana (PT) propôs o pagamento em três parcelas: 3% em abril, 3% em dezembro e mais 2% em abril de 2016.