Substituição de iluminação por LED avança na região

Sistema de LED é mais econômico (Foto: Évora Meira/RD)

Projetos para substituição de lâmpadas de vapor de sódio por similares de LED nos pontos de iluminação pública colocam Santo André e Ribeirão Pires no mesmo caminho de algumas das maiores cidades do País. Ribeirão pretende, até o final de 2015, ter as vias principais e os pontos turísticos iluminados com lâmpadas modernas. Santo André já tem mais de 1.200 pontos com luminárias de LED instalados e espera substituir 54% das atuais lâmpadas pela nova tecnologia.

“Em 2014 conseguimos instalar as novas lâmpadas modernas em 1.038 pontos. Muitas estavam em parques como o Celso Daniel e avenidas como Capitão Mário Toledo de Camargo”, explica o secretário de Obras andreense Paulinho Serra. A iniciativa, que foi intitulada “Banho de Luz”, incluiu neste ano, com a revitalização da Chácara Pignatari, 230 novas luminárias. “Esperamos, até a conclusão do projeto, conseguir cobrir até 27 mil pontos dos 50 mil espalhados pela cidade.”

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A maior dificuldade enfrentada pelo poder público para dar início a tal empreitada, segundo o secretário, é o alto custo das luminárias. “Conforme a procura por essas lâmpadas aumentar e os preços caírem, poderemos aumentar também o número de pontos iluminados e ir além dos 27 mil planejados”.

Apesar do alto custo, Paulinho Serra aposta que os benefícios e economia são compensatórios. “Apenas no Parque Celso Daniel, que é onde podemos fazer uma medição mais exata, tivemos uma economia nos gastos com energia de R$ 100 mil no último ano, enquanto o aproveitamento em luminosidade foi de +40%”.

Em Ribeirão, o engenheiro César Antônio Lombardi, diretor de gestão e planejamento da Secretaria de Planejamento, afirma que, quando a empresa Consladel substituiu a gestão de parte da rede de iluminação da cidade, estabeleceu-se um projeto dividido em duas etapas. “A primeira, que está em andamento, recuperaria os 1.800 pontos apagados e expandiria a rede para atender outros pontos ainda escuros”, esclareceu. “Essa fase está em processo lento porque a demanda era muito grande, mas a partir de agosto, com a segunda fase, encaminharemos a reestruturação e modernização das redes, com aplicação das lâmpadas de LED”, afirma.

O engenheiro afirma que o objetivo da Prefeitura é que, ao final do projeto, não haja mais pontos escuros na cidade, ainda que os custos com as luminárias sejam elevados. “Esse trabalho será pago com a Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Não sabemos qual será o valor total a ser investido, pois isso dependerá de quanto custarão as lâmpadas no ato da compra, que só será feita no final do ano”.

PPP

Tanto Santo André quanto Ribeirão Pires esperam que, futuramente, a gestão das iluminações com LED seja feita com uma Parceria Público-Privada (PPP), assim como está sendo feito na cidade de São Paulo. Uma PPP prevê que governos e empresas privadas se responsabilizem conjuntamente pela construção, reforma ou gestão permanente de algum serviço de infraestrura.

Para o engenheiro César Antônio Lombardi, uma iniciativa que conte com a participação de entidades públicas assegura eficiência nos serviços. “Um leque se abre com uma PPP, pois se pode dar atenção para questões ambientais e aprimorar o funcionamento da rede”. De acordo com Paulinho Serra, espera-se ainda um estudo mais aprofundado para posteriormente formalizar um contrato de PPP. “Queremos observar, antes, como outras cidades lidarão com suas parcerias com a iniciativa privada”.

Em São Caetano, a Câmara de Vereadores aprovou nesta quinta-feira (23/4) um projeto que autoriza o executivo a recorrer ao sistema de PPPs (Parcerias Público-Privadas) para a realização de obras. Essa decisão deve contribuir para que a Prefeitura desenvolva projeto para substituição das lâmpadas comuns por LED.

Praça

Por meio de nota, a Prefeitura de Diadema informou que a utilização de lâmpadas de LED para iluminação de lugares públicos ainda é uma ação pontual. “Hoje, somente a Praça da Matriz, no centro da cidade, dispõe desse tipo de luz e sua implantação é o começo de um estudo para verificar questões de custos e benefícios. A ideia é colocar as lâmpadas nas vias principais. Mas para isso, a Prefeitura pretende buscar recursos por meio de parceria público-privada”.

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