Há mais de 14 mil vagas temporárias para a Páscoa

Comércio precisa de vendedores, balconistas e repositores; a indústria busca auxiliares de produção (Foto: Évora Meira)

Mesmo em cima da hora ainda é possível conseguir uma vaga para trabalhar na Páscoa. Há cerca de 14 mil oportunidades temporárias disponíveis em todo País, segundo pesquisa da Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de RH, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) em parceria com o Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). O comércio tem 9,3 mil vagas e a indústria 5,3 mil. No total, a expectativa é de que sejam contratados 84,4 mil temporários para a data. Em 2014, a Páscoa gerou 83,5 mil empregos temporárias.

A maior parte dos temporários contratados deve permanecer na vaga por um período entre 61 a 90 dias. Dos selecionados, 70% recebe treinamento para a função. “O mercado de trabalho enfrenta uma séria escassez de mão de obra qualificada, o que faz do treinamento uma necessidade. O temporário, mesmo que não seja efetivado, leva consigo esse aprendizado profissional, que pode, num futuro próximo, abrir outras portas para o emprego”, explica Maria Olinda Maran Longuini, diretora de Comunicação do Sindeprestem.

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O presidente da Fenaserhtt e do Sindeprestem, Vander Morales, concorda. “O trabalho temporário atua como um estabilizador do emprego, principalmente em tempos de instabilidade econômica, ao promover e facilitar o encontro entre candidatos e oportunidades de trabalho.”

No comércio, as vagas são ofertadas em maior quantidade para as seguintes funções: vendedor (35%); balconista (20%); repositor (20%) e auxiliar administrativo (5%). A indústria costuma contratar mais auxiliares de produção (60%) e promotores de vendas (15%).

A alta dos juros e da inflação, associada à política de ajuste fiscal anunciada pelo governo federal, e também às recentes Instruções Normativas referentes ao setor publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), impactou as empresas de trabalho temporário. De acordo com a pesquisa, 65% das agências já notam a diminuição no ritmo das contratações pelas tomadoras de serviços.

“O trabalho temporário é uma oportunidade para retornar ao mercado (caso dos desempregados), com possibilidade de efetivação. Para os jovens uma maneira de usufruir da primeira experiência, agregando conhecimento e possibilidade de ascensão pessoal e profissional. As Instruções Normativas confundiram e deixaram as contratantes um pouco inseguras”, explica Vander Morales.

O levantamento foi feito pelo Centro Nacional de Modernização Empresarial a pedido da Fenaserhtt e do Sindeprestem.
 

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