Garis entram em greve em cinco cidades do ABC

Coletores de lixo iniciaram paralisação nesta segunda-feira (23)

Garis e coletores de lixo do ABC entraram em greve nesta segunda-feira (23), por tempo indeterminado. O primeiro dia de paralisação teve adesão de cerca de 30% da categoria, de acordo com o Siemaco ABC (Sindicato dos Empregados em Limpeza Urbana). O montante representa 750 profissionais dos cerca de 2.500 trabalhadores que atuam no ABC.

Em duas cidades não há greve. Em São Bernardo, a prefeitura contratou trabalhadores temporários para dar conta do serviço e a empresa abriu negociação individual com a categoria. Em Rio Grande da Serra os profissionais são representados pelo sindicato de Suzano.

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A paralisação teve início às 6h desta segunda-feira (23). Os trabalhadores estavam em estado de greve desde o dia de 14 de março, devido ao impasse na negociação entre o sindicato e as empresas. Os profissionais pedem 11,73% de reajuste e os empresários ofereceram 6,5%. Como não houve nova proposta desde então, a paralisação foi deflagrada.

A mobilização resultou também no fechamento do aterro Lara, para onde vai quase todo o lixo produzido no ABC – somente os resíduos de Santo André não são depositados no local.

A paralisação deve ser sentida na prática somente a partir desta terça-feira (24), quando parte da população que não sabe da greve se der conta de que o lixo não foi retirado no dia anterior.

Prefeituras
As prefeituras do ABC enviaram notas ao RD em que informam as estratégias adotadas para lidar com a greve dos coletores de lixo e garis. As administrações são unânimes em pedir a colaboração dos munícipes para que não depositem lixo nas ruas e avenidas.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) decidiu manter fechadas as estações de coleta de recicláveis. O objetivo da autarquia é evitar que os locais sejam usados indevidamente para o descarte de lixo comum ou que se tornem alvo de vandalismo. A cidade é atendida por 402 coletores de lixo, 320 varredores e 14 coletores de resíduos de unidades de Saúde.

A prefeitura de São Bernardo diz que a SBC Valorização de Resíduos, responsável pela limpeza pública na cidade, não aderiu à greve. A empresa ofereceu um aumento de 7,68%, mas os profissionais recusaram a proposta. Segundo a administração municipal, o efetivo está trabalhando normalmente.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Diadema informou que os 140 varredores e 90 catadores de lixo que atuam na cidade pararam de trabalhar. A administração diz que está “arregimentando um grupo de trabalho de emergência para que a coleta do lixo comece o mais rápido na cidade”. Por dia, são produzidas 320 toneladas de resíduos domiciliares em Diadema.

Mauá confirmou que todos os 190 funcionários da Lara que atuam na cidade cruzaram os braços nesta segunda-feira. A Prefeitura diz que está estudando medidas emergenciais caso a paralisação se prolongue. Cerca de 270 toneladas de resíduos são produzidas por dia na cidade.

Ribeirão Pires diz que fará coleta emergencial com caminhões próprios enquanto a greve persistir, para evitar o acúmulo de lixo. A Prefeitura não informa, no entanto, se os veículos conseguirão dar conta do serviço em todo o território da cidade.

A prefeitura de São Caetano diz que “irá centrar esforços em efetuar os serviços afetados em caráter emergencial”.

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