Consórcio cobra transparência da Sabesp sobre represa Billings

Presidente da ANA visitou Consórcio Intermunicipal nesta sexta-feira

As prefeituras da região intensificaram as críticas à Sabesp (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) depois de a empresa ter anunciado que a Billings começará a abastecer bairros da Capital em abril. Os prefeitos dizem terem sido pegos de surpresa com a medida, que não foi comunicada oficialmente aos gestores do ABC.

A entidade avalia que o governo do Estado não tem atuado de forma transparente. “Na gestão da crise, o governo do Estado não está sendo transparente para dar as informações, nem para sociedade, nem para os prefeitos. Toda e qualquer obra ou informação está sendo anunciada pela imprensa”, afirma o secretário de Gestão Ambiental de São Bernardo, João Ricardo Guimarães Caetano. A manobra na Billings foi noticiada pelo RD na quinta-feira (5).

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A principal preocupação dos prefeitos do ABC é com o uso indiscriminado da represa, que atende todos os moradores de São Bernardo, Diadema e parte de Santo André. Medidas já em estudo pelo governo do Estado acenderam o alerta vermelho nas cidades da região, como por exemplo, o envio de mais água do Rio Pinheiros para a Billings, ou a transferência de água da parte “mais suja” da represa para a parte “mais limpa”.

O Consórcio Intermunicipal elaborou ofícios que serão enviados à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e à Sabesp, com questionamentos sobre a gestão da crise e o uso da Billings. “Haverá transferência de água? Isso exigirá em algum momento transferência do rio Pinheiros para manter o nível da represa? Há segurança quanto à qualidade da água que será tirada da parte mais suja para uma parte mais limpa? Os prefeitos fazem essas perguntas porque não têm informações oficiais da Sabesp”, aponta João Ricardo Guimarães Caetano.

Manobras
De acordo com a Sabesp, a partir de abril cerca de 250 mil moradores da Zona Sul de São Paulo vão passar a ser atendidos pela Billings. Serão enviados para os bairros Americanópolis e Pedreira 500 litros por segundo. As obras de interligação entre a Capital e a represa podem ser vistas na avenida Ulysses Guimarães, em Diadema.

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