Sem receber da Prefeitura, empresa interrompe corte do mato em Santo André

Praça ao lado do Cesa Pq. Erasmo Assunção, na rua Guido Poianas. (Foto: Marcelo de Paula)

O prefeito de Santo André reconheceu que a administração tem falhado no serviço de roçagem no município. O RD mostrou na semana passada que em diversos locais da cidade o mato não é cortado há semanas. Um exemplo são as margens da avenida dos Estados, onde o capim chegou a passar da altura dos carros.

Carlos Grana (PT) admite que o problema aconteceu porque a Prefeitura não pagou a empresa terceirizada responsável pelo serviço. “Nós temos um período de dezembro a março, que é de chuvas, então a tendência de acelerar o crescimento do mato é fato. Além disso, houve falta de pagamento no final do ano e não conseguimos atender integralmente o contrato. Tivemos atrasos de repasse para os fornecedores, entre eles, as empresas de roçagem”, afirma o petista.

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O corte do mato na cidade é feito pela empresa Serg Paulista, mas uma pequena parte do serviço (cerca de 20%) é realizada por equipe própria da Prefeitura. Por esse motivo, em alguns locais da cidade a roçagem foi feita normalmente.

O motivo da falta de pagamento foi a queda de arrecadação da Prefeitura, que se viu obrigada a segurar pagamentos para fornecedores. A diferença entre o que a administração previa arrecadar em 2014 e o que de fato entrou nos cofres municipais beira os R$ 100 milhões.

O prefeito acredita, no entanto, que os problemas de manutenção na cidade vão se resolver em breve. “A gente tinha uma expectativa de receita no ano passado que caiu. Mas agora entrou o IPTU, IPVA. Normalizando agora os pagamentos, a gente terá também a normalização desses serviços”.

Matagal

O RD percorreu espaços públicos em Santo André e constatou a falta de manutenção em diversos bairros. Na Vila Marina, por exemplo, o mato cresceu tanto em um jardim que afastou as crianças que brincavam no playground, localizado nas esquinas das ruas Aimorés com Azaleia. O abandono acaba atraindo usuários de drogas, para desespero da vizinhança.

Em um canteiro central da rua Ibirapitanga, na Vila Pires, o problema não se limita ao mato alto. Sem nenhuma manutenção desde outubro, o local virou destino de entulho. Já no Parque Erasmo Assunção, os aparelhos para exercícios físicos do parque integrado ao Cesa (Centro Educacional de Santo André), na rua Guido Poianas, estão quase escondidos pelo matagal.

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