Comércio espera crescer até 22% com ovos de Páscoa

Osvaldo Nunes, da Chocolândia, calcula mesmo sucesso de 2014

Se depender da aposta do varejo, a Páscoa, primeira grande data com apelo de vendas em 2015, é de resultado até 22% superior a do ano passado. Pelo menos no tocante a ovos e outros produtos de chocolate. Alegam que os preços da matéria-prima não subiram mais que 10%, a indústria focou bastante no público infantil, há bons lançamentos e a data é próxima ao pagamento dos salários. Para os comerciantes, essa junção de fatores vai adocicar o caixa, em baixa há meses com a pouca procura o consumidor.

No terceiro ano de operações em Santo André, a Chocolândia adiciona ao otimismo a criação do primeiro produto com marca própria. Com a investida, a rede, que vem num processo de expansão, já tem na prateleira o Ovo Chocolândia, que custa R$ 49 o quilo. “É a metade do preço do produto similar lá fora”, garante Osvaldo Nunes, fundador da empresa, que fez parceria com fabricante no Interior paulista para ter o produto, feito com chocolate Garoto, mais barato para o consumidor.

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Com o ovo próprio, a Chocolândia aposta repetir os 22% de crescimento registrado nas vendas de Páscoa do ano passado, quando a empresa ainda comemorava abertura da loja no ABC, hoje a terceira em faturamento entre seis unidades, que foram responsáveis em 2014 pela venda de 650 toneladas de chocolate. “Essa Páscoa só não será ainda melhor porque dia 5 cai num domingo e muita gente ainda não recebeu o salário”, diz Nunes, que reforça a ação com realização de cursos em que donas de casa e autônomos aprendem a elaborar receitas de chocolate.

Outro otimista é Marcel de Pierre Anati, coordenador comercial da Coop – Cooperativa de Consumo, rede que já finaliza as parreiras para colocação de diversas opções de ovos, fabricados pela Nestlé, Arcor, Ferrero Rocher, Mondelez (ex-Lacta), Top Cau e Garoto. A expectativa é de crescimento de 7% nas vendas em relação à Páscoa do ano passado, motivado, principalmente, pelo reajuste de 6% a 7% nos preços da indústria e lançamentos.

Estratégia de marketing

Anati conta que o apelo ao consumidor infantil aumentou este ano. “O brinde nasceu”, brinca coordenador ao explicar que os brindes vinham dentro dos ovos e agora ocorre o contrário. ”A criança fica doida pelo brinquedinho e isso foi usado na estratégia de marketing”, comenta. Outra aposta da Coop é a linha Prêmio, preparada pelos fabricantes para concorrer com os ovos e outros produtos vendidos pelas butiques de chocolate. Entre os itens da linha estão o ovo Alpino de Colher, que sai por R$ 54,99 a unidade de 355 gramas; e o Ovo Batom de Colher, da Garoto, por R$ 12,99 o produto de 73 gramas.

Para Anati, apesar de a indústria ter repassado apenas a inflação, esta Páscoa deverá ser de migração de consumidores para a linha regular, que são as caixas de bombons, barras de chocolate e outros produtos do gênero. “A grande demanda deve ser por ovos de até 500 gramas ”, acrescenta.

Salários

Na franquia da Brasil Cacau, centro de Santo André, a expectativa é de vendas de Páscoa 15% melhores em relação à mesma data do ano passado. Segundo Heloisa Guibetti, gerente da loja, a proximidade com o pagamento dos assalariados ajuda muito a atingir o resultado na rede pertencente à Kopenhagen. Heloisa calcula vender 700 ovos na franquia, com preços que variam de R$ 16,40 (unidade 150 gr) a R$ 54,90 (ovo recheado diet de 400 gr. “O aumento de preço foi só de 10% por causa da matéria-prima”, diz.

Além da versão diet, recheado com leite condensado, há várias novidades, como o Ovo Alfajor, de chocolate ao leite com biscoito e recheio de doce de leite; Ovo Caramelo, uma casca de chocolate ao leite e recheio sabor caramelo; e o Dinda, recheado com marshmallow, este um dos sucessos de venda. Outra aposta é na criançada, com o Ovo Transformers; o Equestria Girls etc. São ovos de 200 gramas, com chocolate ao leite e brindes inspirados em personagens infantis, que saem por R$ 37,30 cada unidade.

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