Para CNTA cabe ao caminhoneiro decidir se aceita propostas

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou nesta quinta-feira, 26, em nota, que as propostas apresentadas pelo governo federal na reunião de ontem à noite com representantes dos caminhoneiros ainda estão sendo encaminhadas aos motoristas ligados à entidade sindical, entre eles os que estão parados em estradas. “O movimento começou de forma espontânea devido à urgência que a categoria se encontra para sobreviver. Cabe agora a eles (caminhoneiros) decidirem se devem ou não continuar a paralisação nas estradas”, informou Diumar Bueno, presidente da CNTA, no documento.

Bueno informou ainda que, “neste momento, a questão é a categoria aceitar ou não a proposta apresentada pelo governo para o fim das paralisações” e ratificou que a entidade “apoia a categoria nas decisões que tomar”, declarou.

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Segundo a CNTA, entre os meios de divulgação das propostas feitas pelo governo ontem estão um boletim de rádio para ser transmitido a caminhoneiros que estão em áreas de difícil acesso a outros meios de comunicação. “A proposta está sendo amplamente divulgada para as mais de 60 entidades como sindicatos e federações ligadas à CNTA e um comunicado via rádio está sendo repassado aos caminhoneiros visando levar a informação àqueles que continuam nos bloqueios”, informou a entidade.

Liminar

Hoje,a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou, por meio de nota, que foi proferida nesta quinta-feira liminar que concede às agroindústrias associadas à entidade trânsito livre em todo o território nacional. Com a liminar, todos os caminhões que estejam a serviço de empresas associadas à ABPA poderão trafegar livremente pelas rodovias federais. A decisão vale não apenas para caminhões carregados, como também para veículos que estejam buscando carga. A ação foi ajuizada na 1º Vara Federal de Joaçaba (SC), com o apoio da BRF.

O vice-presidente da Divisão de Aves da ABPA, Ricardo João Santin, disse hoje, no evento do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e da Apex-Brasil, que nos últimos 10 dias, com os bloqueios de estradas provocados pela paralisação dos caminhoneiros em diversas regiões do País, o Brasil deixou de exportar 1.000 toneladas de carne de frango ao mercado chinês. “Em valor, podemos dizer que perdemos US$ 20 milhões”, declarou.

Em 2014, o Brasil exportou 230 mil toneladas de carne de frango (praticamente pé e asa) ao mercado chinês, gerando uma receita cambial de US$ 520 milhões.

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