ABC coleta 29,6 mil litros de óleo de cozinha por ano

Um litro de óleo mal descartado pode contaminar até 25 mil litros de água (Foto: Agência Brasil)

Juntas, Santo André, São Bernardo e Mauá coletam e dão destinação correta a 29,6 mil litros de óleo de cozinha usado, por ano. Altamente poluente, o material recolhido serve como matéria-prima para a dabricação de diversos produtos como desmoldantes, desengraxantes, massa de vidro, sabão e biodiesel. E a natureza agradece, pois, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), um litro de óleo mal descartado pode contaminar até 25 mil litros de água.

A cidade que mais coleta óleo é São Bernardo. O município iniciou seu programa, batizado de Papa Óleo, no ano passado. A iniciativa prevê que a cada dois litros de óleo entregues, o munícipe receba duas pedras de sabão ecológico como incentivo por sua atitude sustentável. São 70 pontos de coleta com previsão de instalação de mais 300 até 2016.

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Entre agosto e dezembro de 2014 a campanha já recolheu 13 mil litros de óleo. Se considerarmos as informações da Sabesp, chega-se à conclusão de que a ação contribuiu com a preservação de 325 milhões de litros de água, no mesmo período.

Santo André implantou seu programa de coleta de óleo de cozinha em 2013. Foi a primeira cidade da região a se preocupar com a questão. A população pode entregar óleo usado em uma das 17 estações de coleta do Semasa (Serviço Municipal de Água e Saneamento Ambiental de Santo André). O morador leva o óleo, acondicionado dentro de um recipiente fechado e, assim como em São Bernardo, a cada dois litros descartados nos ecopontos, o munícipe recebe duas barras de sabão em pedra. feitos a partir do reaproveitamento do material.

O trabalho ocorre em parceria com o Instituto Triângulo. No ano passado foram coletados 12.650 litros. De acordo com Caio David, coordenador de Campanhas do Instituto Triângulo de Desenvolvimento Sustentável, são produzidas cerca de 50 mil pedras de sabão mensalmente com o óleo coletado em todo o município. “Além disso, o trabalho realizado pelo Instituto promove a inclusão social por meio da geração do primeiro emprego para jovens”.

Parceria

Em Mauá, a SMA (Secretaria de Meio Ambiente) firmou parceria com a Odebretch Ambiental e a Empresa Lirium, em 2013, para a realização da coleta seletiva de óleo residual de cozinha na cidade. Todas as escolas municipais possuem um ponto de entrega voluntária e a equipe da SMA faz o trabalho intensivo de conscientização junto aos alunos da rede. O material coletado nesses pontos é destinado à Lirium, que encaminha o material para reciclagem, sendo utilizado na produção de ração animal e tinta de parede. Hoje são coletados, anualmente, mais de 4 mil litros de óleo no município.

São Caetano ainda não conta com programa semelhante.  Porém, dentro do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), existe um projeto, ainda em fase de estudos e ainda sem previsão de entrega, para que esse tipo de resíduo seja coletado com destinação correta. Já em Diadema, por meio de nota, a Prefeitura informou que “ainda não desenvolve programa em relação ao descarte de óleo de cozinha”.

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