Marinho chama Dib para o ringue de 2016 e promete massacre

A fala de Marinho é considerada uma resposta a declarações recentes de William Dib.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), deu início na sexta-feira (23) a obras de uma policlínica no Centro e dedicou parte do discurso para espinafrar o antecessor, o deputado federal William Dib (PSDB). Quem ouviu teve a impressão que o petista chamou o tucano para o ringue das eleições municipais do ano que vem. “Será uma delícia comparar minha gestão se esse cidadão for candidato em 2016 e a gente comparar o que ele fez como prefeito e o que eu fiz como prefeito. Será uma delícia fazer comparação. Será um massacre como a comparação do Lula e do Fernando Henrique. O mesmo massacre. Que seja bem-vindo a esse campo de disputa que estaremos preparadíssimos para ela”. Marinho, que está no segundo mandato, ainda não definiu quem será o candidato do PT.

Resposta
A fala de Marinho é considerada uma resposta a declarações recentes de William Dib (foto abaixo), que tenta se colocar como candidato a prefeito no ano que vem e intensificou os ataques ao PT. “Ele mesmo é um profissional da saúde. Caso queira trabalhar, posso contratá-lo como médico. Agora não sei ele está muito afeito ao trabalho”, disparou o petista. Como Dib e o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) vão se resolver sobre a sucessão, é outra história…

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Kassab promete regularizar verbas
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (foto abaixo), visitou o prefeito de São Bernardo nesta sexta-feira (23) e prometeu regularizar o repasse de verbas para o município. O bloqueio de R$ 20 milhões foi apontado recentemente por Luiz Marinho como um dos motivos para a desaceleração das obras do piscinão do Paço – e só passar no canteiro para perceber que a construção praticamente parou nas últimas semanas. “O que houve foi uma oscilação no fluxo financeiro e essa oscilação está sendo normalizada. Portanto não é preciso ter nenhum temor em relação ao cronograma de obras”, prometeu Kassab.

Mais pendências
A verba do piscinão do Paço não é a única pendência que Kassab tem que resolver. O governo do Estado ainda aguarda verba de R$ 590 milhões prometidas pelo governo federal para reformar estações de trem da CPTM, muitas delas no ABC. E o dinheiro ainda não tem data para chegar. “Será liberada em breve”, afirmou o ministro. Ou seja, sabe-se lá quando as reformas vão acontecer de fato.

Desconversa
Kassab foi questionado sobre os planos do PSD para a região e desconversou: “Eu estou afastado da presidência do partido aqui em São Paulo. Quem está cuidando é a Alda Marco Antônio [coordenadora nacional do PSD Mulher]”. Questionado sobre os seus planos de recriação do PL, desconversou mais ainda: “PL?, que PL?”.

Retorno
O ministro das cidades deve voltar ao ABC no dia 9 de fevereiro, para participar da reunião de prefeitos no Consórcio Intermunicipal. O encontro será excepcionalmente realizado na segunda semana do mês, por conta da agenda de Kassab.

Taca pedra no Levy 1
O prefeito de São Bernardo entrou no coro dos descontentes com a nova política econômica do governo Dilma. Marinho foi questionado pelo RD a respeito das novas medidas anunciadas por Joaquim Levy, durante evento com o ministro Gilberto Kassab, no Paço. O petista até que pegou leve: não fez críticas tão diretas quanto outas lideranças petistas (como José Dirceu), mas avaliou que o pacote precisa tomar novos rumos.

Taca pedra no Levy 2
“A equipe econômica que ela [Dilma] montou é uma equipe de ajuste. É natural que cause descontentamento, inclusive na base. Eu não tive oportunidade de conversar com a presidente para saber o norte disso. Seguramente ela está preparando. Em 2003/2004 o presidente Lula também fez ajustes pesados, mas junto com esse ajuste ele anunciou diversas outras medidas que faziam equilíbrio com ajuste da macroeconomia”, constatou Luiz Marinho. “O que a presidenta está fazendo nesse momento é um ajuste da macroeconomia, na minha avaliação está incompleto esse processo. É preciso anunciar um conjunto de outras medidas que façam equilíbrio para garantir a gestão crescente de geração e proteção de empregos”.

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