Secretaria de Energia de SP volta a criticar Eletropaulo

Menos de duas semanas após convocar uma coletiva de imprensa para fazer uma série de criticas ao serviço prestado pela AES Eletropaulo no atendimento das ocorrências de falta de energia na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo, a Secretaria de Energia do estado de São Paulo voltou a acusar a distribuidora de energia. De acordo com o secretário de Energia João Carlos de Souza Meirelles, a Eletropaulo enfrenta problemas operacionais sérios e não entregou o relatório com um plano de ações condizentes com os anseios do governo paulista.

“O programa com as medidas implementadas pela Eletropaulo entre os dias 9 e 18 não foi adequado. Todos os pontos foram insuficientemente informados”, afirmou Meirelles, dizendo-se decepcionado com o material entregue pela Eletropaulo. O governo de São Paulo exigiu informações adicionais para a companhia, as quais devem ser entregues até amanhã, segundo expectativa do secretário.

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Entre as críticas, Meirelles destacou que a companhia precisou recorrer a equipes de outras distribuidoras, o que indicaria um número insuficiente de atendimento, e não apresentou dados específicos sobre as equipes de restabelecimento ou sobre os trabalhos da equipe de call center.

A Arsesp, a agência reguladora do setor de energia em São Paulo, deve iniciar na próxima semana uma auditoria na Eletropaulo para averiguar as questões técnicas da distribuidora.

Na semana passada, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o vice-presidente de Operações da Eletropaulo, Sidney Simonaggio, afirmou que os problemas enfrentados pela companhia na atividade de restabelecimento da energia eram consequência da intensidade das chuvas e, principalmente, do número de raios e árvores caídas que atingiram a rede de distribuição. O executivo ainda comparou as tempestades dos dias 29 de dezembro e 12 de janeiro com o ciclone extratropical que atingiu São Paulo no dia 7 de junho de 2011.

“Tivemos um ciclone, entre aspas, no dia 29 de dezembro, depois tivemos “ciclones médios” na virada do dia 1º para 2 de janeiro, depois no dia 5, no dia 7, no dia 8, e agora mais forte no dia 12. Ou seja, quando começamos a limpar a casa, sofremos com outra nova situação de igual magnitude”, justificou Simonaggio na oportunidade.

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