Conta de água fica mais cara em Mauá

Próxima conta de água virá mais salgada na maioria dos municípios do ABC (Foto: Pedro França/Agência Senado)

As contas de água e esgoto que chegarão às residências dos moradores de Mauá no final de janeiro vão pesar mais no bolso do consumidor. Desde o dia 1º de janeiro está em vigor reajuste de 6,58% na fatura. O aumento tem como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para a categoria residencial, por exemplo, o valor da tarifa mínima (consumo de até 10 m³) era de R$ 15,36 e passou para R$ 16,37. “Este reajuste está de acordo com a política tarifária definida pelo poder público e fiscalizado pela Agência Reguladora”, justificou a Odebrecht Ambiental, em nota.

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A empresa é responsável pela emissão das contas em que constam a tarifa para distribuição de água (responsabilidade da Sama) e afastamento/tratamento do esgoto (atribuição da Odebrecht).

Outras cidades
Moradores de Mauá se juntam a outros munícipes do ABC que também vão pagar mais caro pela água em 2015. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) aumentou em 6,5% o valor da conta em dezembro, atingindo diretamente São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, cidades atendidas pela empresa.

Santo André não tem aumento previsto para este ano, mas a hipótese não está descartada. Caso a Sabesp reajuste o valor da água vendida para o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), a conta pode ficar mais salgada. O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de São Caetano foi procurado pelo RD, mas não respondeu à solicitação da reportagem.

Em julho do ano passado o Semasa reajustou a conta em 17,4%. Segundo a autarquia, o índice de aumento teve como objetivo compensar as perdas inflacionárias desde julho de 2011, quando a autarquia tinha aumentado a tarifa pela última vez.

PPP
A prefeitura de Mauá publicou nesta semana o edital da licitação que vai conceder à iniciativa privada a distribuição de água da cidade, hoje sob responsabilidade da SAMA (Saneamento Básico do Município de Mauá). A PPP (Parceria Público-Privada) tem como objetivo ampliar e renovar a estrutura da rede de distribuição, que é antiga. A empresa vencedora vai assinar contrato de 30 anos e precisará investir pelo menos R$ 153 milhões no período.

A gestão Donisete Braga alega que a SAMA não tem condições financeiras de fazer os investimentos necessários na rede. A Odebrecht Ambiental, que hoje é responsável somente pelo esgoto de Mauá, tem interesse em participar do certame e passar a distribuir a água no município.

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