Caixinhas estão mais magras

Caixinha de Natal ou de fim de ano tem origem no Cristianismo. (Foto: Évora Meira)

Hábito dos brasileiros, as caixinhas de final de ano tomam conta das ruas e balcões à espera de doação. Mas este ano, as contribuições sofrem escassez por causa da recessão econômica.

Rogério Lima Amorim, encarregado do Estacionamento Carinhoso, em Santo André, conta que os mensalistas colaboram mais, porém sempre com moedas baixas. Em 2013, cada um dos oito funcionários conseguiu ficar com R$ 150. “O preço do estacionamento aumentou e, já apertadas, as pessoas não querem ter esse tipo de gasto”, diz.

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Já na lanchonete e pastelaria Two Brothers, no Centro de Santo André, a expectativa também é baixa. Para a atendente Rosangela Silva, os clientes não têm colaborado tanto. “Acho que vamos arrecadar no máximo R$ 100. O bom é que dividimos apenas para duas pessoas, então já é alguma coisa”, conta.

O tatuador Daniel do Nascimento está com caixinha na loja, mas a expectativa é baixa. “Acho que vamos conseguir no máximo uns R$ 50. Demoramos para colocar e agora já está muito perto”, lamenta.

Quem costuma colaborar diz que está difícil este ano. Rosana Neves de Araújo, corretora de planos de saúde, afirma que gosta de ajudar, mas que este ano está complicado devido aos preços dos produtos. “Vou dar no máximo R$ 50. Gosto de ajudar, mas mais do que isso não dá”, explica. A oficial administrativo Cleide Pereira conta que sempre colabora com os funcionários do estacionamento, mercado e Correios. “No fim do ano procuro dar mais, mas não posso arcar com tantas despesas”, afirma.

A caixinha de Natal ou caixinha de fim de ano remete aos primórdios do Cristianismo, a uma passagem do Evangelho. Dar uma caixinha tem o significado, de ajudar o próximo, de estar atento às necessidades daqueles que precisam. É um dos pilares do Cristianismo. 

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