Após estreia, arena palmeirense ainda precisa de ajustes

Após quase quatro anos e meio, a nova casa palmeirense foi inaugurada na noite de quarta-feira com a derrota do Palmeiras para o Sport por 2 a 0. O Allianz Parque se destacou pela beleza arquitetônica, mas também apresentou falhas em diversos pontos, reforçando a tese de que o estádio foi inaugurado sem ainda estar totalmente pronto e com alguns problemas que a construtora WTorre terá que solucionar para os próximos jogos.

Até o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva teve dificuldades para fazer a súmula por problemas de estrutura do estádio. Na quarta-feira, o Wi-Fi prometido para todos presentes na arena não funcionou na maior parte do tempo. “Informo que não foi possível incluir a relação de atletas antes do início da partida em razão de falta de internet no estádio e que a comunicação de penalidades foi feita de forma manual pelo mesmo motivo antes exposto”, escreveu o juiz.

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A comunicação apresentou problemas também na telefonia. Muitos torcedores e jornalistas não conseguiam se conectar na internet, pelo 3G, e tampouco completar ligações telefônicas, por conta do sinal fraco.

Antes de começar a partida, foi o testado o sistema de som para emergências. O problema é que isso aconteceu por volta das 21 horas, quando muitos torcedores já estavam presentes. Era emitido um apito muito alto e uma voz dizia que era uma situação de emergência. Funcionários da WTorre avisavam aos que estavam por perto que tudo era uma simulação, mas os palmeirenses mais distraídos se assustaram com o aviso.

Um camarote apresentou goteira e foi preciso fazer ajustes na iluminação do local. Já a imprensa não pôde ficar no setor que estava estipulado, porque ele ainda não está pronto. Os jornalistas, então, foram colocados em um setor onde receberá eventos no futuro.

Por complicar a vida dos jornalistas que foram ao primeiro jogo no estádio, a entrevista coletiva do técnico Dorival Júnior começou com atraso, porque o sistema de som não funcionou. Após algumas tentativas, o jeito foi colocar os microfones próximos do treinador.

Para entrar no estádio, as equipes do Palmeiras e do Sport também tiveram problemas. Os ônibus das delegações não conseguiram entrar na arena porque as ruas que davam acesso ao local estavam todas lotadas de torcedores. O jeito, então, foi fazer os atletas descerem do veículo antes da entrada e irem de carro até o vestiário.

TORCIDA – No lado externo, mais problemas. O empenho para conseguir entrar levou alguns torcedores a tomar decisões extremas. A reportagem flagrou dois palmeirenses pulando o portão da sede social para tentar ter acesso ao estádio minutos antes do início do jogo. Mais cedo, houve um princípio de tumulto na entrada da torcida visitante e a Polícia Militar precisou intervir.

Quem estava sem ingresso tentou comprar entradas na torcida do Sport. Uma grande fila se formou na bilheteria, que atrasou mais de duas horas para abrir. Quando as vendas começaram, os policiais decidiram, por medida de segurança, selecionar quem poderia entrar no estádio.

O primeiro passo foi barrar a entrada no setor destinado à torcida do Sport para quem estava com a camisa do Palmeiras, mas, como a medida não adiantou muito para evitar uma invasão palmeirense, a polícia resolveu permitir o acesso ao local somente para quem apresentasse a carteira de identidade registrada em Estados do Nordeste. A segurança foi reforçada com a chegada da Tropa de Choque, mas não houve grandes tumultos.

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