Após 30 anos, Casa do Papai Noel não acontecerá em Mauá

Mais de 1,6 milhão de lâmpadas foram usadas nos enfeites em 2013. Foto: Banco de Dados

Tido como um dos principais pontos de visitação em época de Natal, a Casa do Papai Noel, na Rua Zequinha de Abreu, 620, no bairro Sônia Maria, não fará a alegria de milhões de turistas. A família não quer falar com a imprensa, mas informações colhidas no bairro dão conta que vizinhos são contra o evento que acontece há 30 anos e atraiu em 2013, mais de 1,5 milhão de pessoas.

A família do proprietário do imóvel, Ivan Wagner Fernandes, já sofre na Justiça ação de moradores próximos. Segundo os vizinhos, os milhares de visitantes que passam toda noite pelo local acabam atrapalhando a vida do bairro. A questão da segurança é outro ponto aventado no imbróglio jurídico. Outros boatos, que incluem até ameaças, são citados para tentar explicar o motivo da não realização da atração. O comércio que se forma na região também é outro motivo apontado como negativo.

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A maior certeza, no entanto, de que a casa ficará as escuras este ano é o tempo necessário para que tudo fique pronto. A família inicia em julho os preparativos e hoje, ao passar pela residência, tudo está intacto.

Em 2013 o RD esteve na Casa do Papai Noel para falar com visitantes e também com o proprietário, Ivan Wagner Fernandes. “Quem vem admirar, vem em busca de paz. Já vieram turistas até da Austrália”, disse naquela ocasião à reportagem do RD. A família conta até com apoio de dez empresas da região, da Prefeitura de Mauá, além da Eletropaulo, que ajuda com a energia elétrica.

Segundo o metalúrgico, tudo começou em 1984, quando a mãe Margarida resolveu colocar a pequena árvore de Natal na garagem do imóvel, que tem 10 metros de frente. Novidade, a prática atraiu a atenção de quem passava na rua e se repetiu nos anos seguintes. “Quem não tem luz, não busca a luz”, afirmou o proprietário.

A dona de casa Valdecir Amador é uma das milhares que todos os anos vão até a Casa do Papail Noel. Ela reside perto e gosta quando chega essa época por causa da exposição. “Acho muito linda a casa, não me importo com o comércio criado por causa dela”, destacou. Rogério da Silva, também de Mauá, é frequentador assíduo da mostra. “Acho muito criativa, diferente, hoje é difícil vermos algo assim. Tenho um filho de 10 meses e até ele adora”, disse o motorista.

Em 2013, toda área do telhado e da garagem da residência foi novamente decorada com mais de 1,6 milhão de lâmpadas, maioria do tipo LED, e 10 mil enfeites produzidos a partir de garrafas pet para anunciar a chegada do Menino Jesus.

A reportagem do RD tentou o contato com a família, mas não obteve sucesso.

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