Salles elogia substituto e rebate Grana

O ex-secretário de Cultura aprovou o atual. Foto: Évora Meira

O ex-secretário de Cultura de Santo André, Raimundo Salles, viu com bons olhos a escolha de Tiago Nogueira como seu substituto no comando da Pasta. Salles deixou o governo Carlos Grana (PT) há três semanas e, apesar de elogiar o novo secretário, elevou ainda mais o tom de críticas ao prefeito de Santo André.

Na avaliação de Salles, Tiago Nogueira tem bagagem para fazer um bom trabalho no comando da Cultura andreense. “O Tiago tem um bom entrosamento na Cultura. Tem uma ótima relação comigo, acho que foi uma boa escolha, é uma pessoa capacitada. Não poderia ser melhor nome. Entre todos os nomes é o melhor”, afirma o ex-secretário, sem poupar elogios.

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A escolha do novo comandante da Cultura passa pela estratégia do governo Grana de mudar a articulação política na Câmara. Apesar de Tiago acumular a partir de agora as funções de Cultura e Relações Institucionais, a articulação – alvo de constantes reclamações dos vereadores – vai deixar de ser responsabilidade de Tiago Nogueira e passará para as mãos do  secretário de Governo, Arlindo José de Lima.

Tiroteio verbal
Se por um lado, Raimundo Salles rasga elogios a Tiago Nogueira, por outro, não poupa críticas a Carlos Grana. Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (29), o prefeito de Santo André distribuiu alfinetadas ao ex-secretário de Cultura.

“Tem muitas pessoas que acham que são o centro do poder. O narcisismo ainda está impregnado na nossa sociedade. Santo André não admite mais esse comportamento para um gestor público”, disse o prefeito. “No primeiro turno ele declarou apoio a Dilma e no segundo, ao Aécio. E já se declarou candidato a prefeito. Cada pessoa deve tirar as suas próprias conclusões deste comportamento”, afirmou Grana.

Salles rebateu Grana e disse que não foi incoerente.

“O Grana não pode falar de coerência. Eu prefiro posicionamento do que omissão. Onde estava o [secretário] Paulinho Serra durante a campanha?”, disparou o ex-secretário. “Ele está sendo incoerente com que ele está falando. Se ele viu as placas na rua, ele viu que eu estava com Alckmin e Alex e tinha embaixo o nome Aécio. Contra fatos não há versões. Quero saber onde estão alguns dos secretários dele que não fizeram nada”.

O ex-secretário de Cultura vê na fala de Grana o início da disputa eleitoral de 2016. “Ele disse que se não apoiar a Dilma devia sair dever sair do governo. Eu fiz o que ele falou. Já começou a disputa eleitoral. Isso me valoriza. Essa fala dele é tipicamente de 2016. Estou sendo coerente. Sou candidato e estou indo embora. Ter maior coerência do que isso?”, afirma. “Desconsidero tudo o que o Grana fala depois de certo horário”.

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