Ibovespa se recupera e sobe mais de 3%

A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, 28, ajudada por um movimento de recuperação depois de ter encerrado a segunda-feira no patamar mais baixo desde abril deste ano. No fim do pregão, o Ibovespa subiu 3,62%, para 52.330,03 pontos. O volume de negócios totalizou R$ 9,328 bilhões. Na máxima da sessão, o índice tocou 52.374 pontos (+3,70%) e, na mínima, atingiu 50.503 pontos (estável). No ano, a bolsa acumula alta de 1,60% e no mês de outubro, baixa de 3,30%.

Após a reação negativa ontem à reeleição da presidente Dilma Rousseff, as atenções dos investidores estão concentradas na definição de quem comandará o Ministério da Fazenda e nas medidas prometidas pela presidente Dilma para impulsionar a economia.

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Em entrevista na noite de ontem, a presidente afirmou que anunciará até o fim do ano medidas para transformar e melhorar o crescimento econômico, dando início às reformas necessárias ao País já em novembro, além do combate à corrupção. Dilma evitou falar de quem ocupará o novo governo, mas nomes como o do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e do ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa apareceram como as possíveis opções para o cargo.

As ações de empresas estatais e de bancos foram os destaques positivos da sessão. Petrobras ON (+4,24%) e Petrobras PN (+5,18%). Segundo operadores, há expectativas sobre um possível anúncio, em breve, de reajuste dos preços dos combustíveis. Fonte do governo ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirma que a medida viria para “acalmar” o mercado financeiro. O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo sobre o “timing” do aumento de preço, mas o tema estará na pauta da reunião do Conselho de Administração da companhia, na sexta-feira.

Eletrobras ON e Eletrobras PNB registraram avanço de 5,59% e 7,26%, respectivamente.

No setor financeiro, Banco do Brasil subiu 7,17%, seguido por Bradesco PN, com alta de 6,77% e Itaú Unibanco (+5,94%).

As ações da Vale e siderúrgicas fecharam em queda. Os papéis da Vale foram afetados pela baixa do preço do minério de ferro no mercado à vista chinês e pelas notícias de que o Goldman Sachs reduziu o preço-alvo de 12 meses para o programa de ADRs das ações ordinárias e das preferenciais da companhia, de US$ 15,30 e US$ 13,40 para US$ 14,50 e US$ 12,70 por ADR. Vale ON caiu 0,80% e Vale PNA recuou 0,18%.

No setor siderúrgico, Gerdau PN (-0,89%), Gerdau Metalúrgica (-1,18%) e Usiminas PNA (-4,19%). O Credit Suisse rebaixou a recomendação para as ações PNA da Usiminas de outperform (desempenho acima da média do mercado) para neutro e cortou o preço-alvo do papel de R$ 12,00 para R$ 8,00, após revisar os números para o setor antes dos balanços do terceiro trimestre, em meio a um cenário macroeconômico global negativo e preços de aço em queda.

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