Urnas trazem alívio e preocupação em Mauá

O resultado do segundo turno das eleições provocou dois sentimentos distintos no prefeito de Mauá. Em primeiro lugar, Donisete Braga (PT) respirou aliviado quando às 20h do domingo (26) viu Dilma Rousseff (PT) à frente de Aécio Neves (PSDB) na apuração da corrida presidencial.

O petista conta com a parceria com o governo federal para alavancar investimentos no município, de olho na tentativa de reeleição daqui a dois anos. Por isso, a dedicação em busca de votos no segundo turno foi redobrada.

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“Fizemos [campanha em] portas de fábrica, em estação de trem, muitas reuniões com os moradores, no sentido de esclarecer. Foi uma campanha que teve muitas acusações dos dois lados, por isso é importante fazer o esclarecimento. Tive um pouco esse papel”, afirma o prefeito.

No entanto, o alívio se tornou preocupação quando, cerca de uma hora depois, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou a votação por cidade. A apuração revelou que, pela primeira vez na história, um candidato tucano à Presidência ganhou em Mauá, derrotando uma adversária petista.

Migração

Cidade tradicionalmente petista, Mauá surpreendeu no primeiro turno ao dar a vitória para Marina Silva (PSB). Donisete trabalhava com a hipótese de que os votos da ex-senadora migrariam em massa para Dilma Rousseff – o que não aconteceu.

O placar do segundo turno foi de 56,22% (125.947 votos) para Aécio e 43,78% (98.079 votos) para Dilma. No primeiro turno, Marina, Dilma e Aécio tiveram 36,54%, 30,94% e 27,19% dos votos válidos, respectivamente.

Nos bastidores, a preocupação do governo Donisete é que a derrota do PT na cidade seja reflexo de avaliação negativa da gestão, que precisa ser revertida nos próximos dois anos. Oficialmente, o discurso é que o desempenho negativo de Dilma não tem relação com a avaliação da prefeitura.

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