Mauá terá racionamento de água

SAMA decidiu adotar racionamento para evitar futuro desabastecimento (Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

A prefeitura de Mauá anunciou nesta quinta-feira (18) um plano para enfrentar a crise hídrica que atinge a região metropolitana e que ameaça o abastecimento de água na cidade.

A SAMA (Saneamento Básico de Mauá) vai atuar em duas frentes: dará início a uma campanha de redução do consumo e adotará o revezamento na distribuição de água.

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Em outras palavras: Mauá vai adotar o racionamento como forma de evitar um colapso no abastecimento. A cada dia da semana, uma região da cidade vai ficar sem água. No final de semana o abastecimento será normal.

O racionamento começa no dia 1º de outubro e seguirá em vigor por tempo indeterminado. A SAMA descartou adotar outras medidas para incentivar economia no consumo, como por exemplo desconto ou bônus nas contas.

Situação dos reservatórios

A água é enviada para o município pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), e distribuída para as casas pela SAMA. A cidade é servida por dois sistemas: Rio Claro e Alto Tietê. A maioria da população recebe água do sistema Rio Claro, que está com 68,9% da capacidade.

O Alto Tietê está em situação mais dramática, com nível de apenas 13,2%. Nunca o sistema esteve com uma capacidade tão baixa. O pior índice tinha sido registrado em dezembro de 2003, quando o nível chegou a 16,4%.

O racionamento é visto pelo governo Donisete Braga (PT) como uma medida emergencial com o objetivo de prevenir o desabastecimento. No entanto, antes mesmo de a medida começar a valer oficialmente, alguns bairros da cidade já enfrentam intermitência no abastecimento.

Medidas da Sabesp
O RD procurou a Sabesp para saber haverá alguma medida semelhante nas cidades em que a companhia é responsável direta pela distribuição de água (São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).

Na capital, por exemplo, não houve racionamento oficial, apesar de moradores de diversos bairros reclamaram de falta dágua. Oficialmente, foi adotado um remanejamento: bairros antes atendidos pelo sistema Cantareira, passaram a receber água de outros sistemas, como o Alto Tietê.

Em nota, a companhia estadual afirmou que “não há nenhum tipo de remanejamento para atender a região do ABC, já que os reservatórios locais não estão com níveis baixos”. A Sabesp afirmou ainda que “também não há qualquer tipo de racionamento local e nem risco disso acontecer em virtude do bom nível dos reservatórios locais”.

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