Anfir: mais crédito não ajuda implementos este ano

A decisão do BNDES de ampliar a parcela financiável de implementos rodoviários e demais bens de capital descritos no programa PSI/Finame é positiva, mas não muda a previsão de queda de mercado de implementos rodoviários em 2014, na avaliação da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). A entidade espera, porém, que essa e outras medidas possam ajudar no desempenho do mercado em 2015.

“Trata-se de uma medida que poderá trazer reflexos positivos às vendas, mas sem capacidade para reverter a expectativa de balanço negativo em 2014”, afirmou o presidente da entidade, Alcides Braga, por meio de nota. A Anfir prevê retração de 10% nas vendas deste ano em relação a 2013.

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O BNDES publicou nesta semana a Circular nº 35, que amplia a parcela financiável para 100%, independente da Receita Operacional Bruta (ROB) da empresa. Anteriormente, o porcentual era de 80% para empresas com ROB acima de R$ 90 milhões ao ano e 90% para companhias com ROB igual ou inferior a esse valor. Os juros anuais de 6% foram mantidos.

São financiáveis itens como ônibus, chassis e carrocerias para ônibus, caminhões, caminhões-tratores, carretas, cavalos-mecânicos, reboques, semirreboques, chassis e carrocerias para caminhões, bens de informática e automação, máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética, entre outros.

Conforme destacou a Anfir, esta é a terceira medida adotada pelo governo no espaço de um mês para dar suporte à indústria de implementos rodoviários. As outras duas foram a inclusão do setor no programa de renovação de frota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e na linha de financiamento para pequenos produtores rurais denominada Mais Alimentos, que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Dados da entidade apontam que as vendas de implementos rodoviários de janeiro a julho ficaram 9,01% abaixo do registrado no mesmo período de 2013. Em sete meses a indústria fabricou 91,304 mil unidades, frente a 100,349 mil em igual período do ano passado.

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