Santo André promete bancar projeto voltado a deficientes

A prefeitura de Santo André vai repassar, a partir de 2015, R$ 600 mil por ano para garantir o funcionamento do Nanasa (Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André). A informação foi confirmada pelo secretário de Relações Institucionais e Projetos Especiais, Tiago Nogueira, em entrevista exclusiva ao RD. O projeto é realizado pela ACIDE (Associação pela Cidadania das Pessoas com Deficiência).

O valor será incluído no orçamento municipal de 2015, como forma de garantir que o serviço não sofra nenhuma interrupção por causa da falta de verbas. Por diversas vezes nos últimos anos, o atendimento do Nanasa ficou ameaçado de acabar devido a dificuldades de custeio.

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“A partir do ano que vem vamos incorporar a Nanasa no Orçamento do município, coisa que nunca houve nesses 20 anos de existência do Nanasa. Ela sempre teve recursos ora da iniciativa privada, ora de recursos da Lei de Incentivo de Esporte”, promete Tiago Nogueira. “Eles vão poder continuar fazendo isso, mas achamos que até para não gerar essa insegurança a cada ano”.

A parceria do programa com o governo do Estado – que repassa R$ 900 mil anuais por meio da Lei de Incentivo ao Esporte -, termina no dia 30 de agosto.

A prefeitura de Santo André vai procurar parceiros na iniciativa privada para bancar o projeto até o final deste ano. “Já conversamos com alguns parceiros que vão aportar legalmente na Nanasa para manter o projeto. Vamos garantir emergencialmente até o final do ano com esse aporte privado, com empresas que já demonstraram interesse em ajudar”, afirma o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira.

Só para andreenses
O Nanasa atende 240 alunos de todo o ABC, a maioria de Santo André. O auxílio anunciado nesta quarta-feira (20) pela prefeitura tem como objetivo garantir o atendimento somente para moradores da cidade. “Até porque temos limitações legais. Não podemos usar recursos do nosso orçamento pra pagar serviços que são prestados para cidadãos de outros municípios”, explica o secretário Tiago Nogueira.

“A nossa expectativa é que a promessa seja cumprida”, afirma o coordenador da AcideA/Nanasa, Carlos Alberto Santos. “Para nós resolve um problema, o projeto ganha fôlego. Importante dizer que não vamos esquecer, não vamos desamparar os moradores de outros municípios”, ressalta.

Criado há 12 anos, o Nanasa oferece atividades esportivas a pessoas com deficiência. Entre junho de 2002 a abril de 2010 o programa foi bancado pela Associação das Indústrias do Polo Petroquímico (Apolo). Entre maio de 2011 a agosto de 2014, o custeio foi feito pela Lei de Incentivo ao Esporte.

Na última terça-feira (19) o RD publicou reportagem sobre a ameaça de interrupção do serviço oferecido pelo Nanasa. Veja o vídeo: http://bit.ly/1kW9N7T

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