Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas acumula reclamações

Quem precisa pegar com frequência remédios na Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas precisa de uma boa dose de paciência para aguentar o tempo de espera na fila

Uma, duas, três horas de espera. E em alguns casos até mais do que isso. Quem precisa pegar com frequência remédios na Farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas precisa de uma boa dose de paciência para aguentar o tempo de espera na fila. O RD ouviu a opinião de pacientes e familiares sobre o atendimento prestado na Farmácia – e a reclamação foi quase unânime.

Todos os meses, a esposa do fiscal de loja Juarez Fonseca Vaz precisa pegar medicamentos no Mário Covas. “Demora e muito, quando ela vem pegar remédio perde a tarde toda”, conta Vaz, que trabalha em São Caetano e aproveitou o feriado da cidade nesta segunda-feira (28) para levar a mulher para o Mário Covas.

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“Já cheguei a ficar quatro horas esperando. Acho um absurdo, deveria ter mais funcionário. Tem pessoas idosas que precisam aguardar duas, três horas. Eu moro e trabalho em São Caetano, acho que deveria ir pra lá [o remédio]. Por que não distribuir na cidade? Eu deveria estar trabalhando agora, meu patrão teve que me dispensar para pegar o medicamento”, reclama Aventino Bravio, que trabalha na parte administrativa de uma oficina mecânica.

Quem mora em qualquer cidade do ABC e precisa de um remédio de alto custo, é obrigado a se deslocar até Santo André para pegar o medicamento.

A descentralização do serviço facilitaria a vida de diversos moradores da região, como a segurança Jaciara de Jesus Araújo, que reside no bairro Serraria, em Diadema, quase ao lado do hospital estadual.

“Eu fico na fila no mínimo duas horas e já cheguei a ficar cinco horas. Me atrapalha no trabalho. Acabo chegando atrasada”, conta a segurança. “Se entregasse em Diadema, até meu pai ou minha mãe poderia retirar”.

Resposta
O RD procurou a secretaria estadual da Saúde para falar sobre o tempo de espera na farmácia de Alto Custo do Hospital Mário Covas. Questionamos a pasta sobre o motivo sobre a demora e se não haveria a possibilidade de descentralizar o atendimento.

A secretaria não respondeu porque o atendimento não é descentralizado e nem cogitou a possibilidade de adotar a medida.

A principal justificativa para a demora excessiva seria o descumprimento da agenda por parte de alguns pacientes.

Leia a nota na íntegra:

A Farmácia de Componentes Especializados do Hospital Mário Covas esclarece que presta atendimento a pacientes que residem nos sete municípios da região do ABC, sendo Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Até o mês de junho, a unidade contava com aproximadamente 32 mil pacientes cadastrados.

Para agilizar o fluxo de atendimento aos pacientes cadastrados, a unidade realiza atendimento por meio de agendamento para o dia em que cada paciente pode fazer a retirada dos medicamentos.

A Farmácia de Componentes Especializados do Hospital Mário Covas faz, em média, 1,4 mil agendamentos por dia e a média de espera para receber o medicamento é de 60 minutos. No entanto, alguns pacientes não seguem as datas agendadas, o que pode ocasionar um aumento do fluxo de pacientes em outros dias do mês e, consequentemente, um aumento no tempo de espera dos pacientes. A unidade sempre orienta aos pacientes a seguirem as datas agendadas para que a espera seja a menor possível.

Vale ressaltar que a distribuição de senha começa às 7h e se encerra às 17h, ou seja, todos os pacientes que chegam no local até esse horário são atendidos.

Outro fator pode ocasionar um aumento do fluxo de pacientes como muitos pacientes que procuram a unidade principalmente nos primeiros ou últimos dias de cada mês, assim como na véspera ou um dia após feriados.

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