Andrade e Iesa fazem acordo para salvar contrato

As empresas Andrade Gutierrez e Iesa Óleo e Gás chegaram a um consenso para dar continuidade à produção de 24 módulos que serão usados em plataformas da Petrobrás. O acordo salva um contrato de cerca de US$ 800 milhões – cerca de R$ 1,8 bilhão -, firmado pela estatal inicialmente com a Iesa, que passa por uma crise financeira e precisou buscar um parceiro para o projeto no Polo Naval do Jacuí, na cidade gaúcha de Charqueadas, a 60 quilômetros da capital Porto Alegre.

O acerto, que vem sendo costurado há semanas, deve ser oficializado em breve. Fontes envolvidas na negociação confirmaram ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que Iesa, Andrade Gutierrez e Petrobrás se reuniram ontem no Rio de Janeiro e definiram os detalhes da operação. “Há 99,9% de chances de que saia”, disse a fonte. Falta apenas a assinatura da estatal, esperada para os próximos dias.

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O acordo deve envolver uma associação entre Iesa e Andrade Gutierrez no Polo Naval do Jacuí, mas os detalhes são desconhecidos. Existe a possibilidade de que o número de módulos e o valor do contrato sejam revistos, para cima ou para baixo.

Originalmente, havia a opção de ampliação da encomenda para 32 unidades, o que elevaria a cifra para US$ 911,3 milhões.

Procurada pela reportagem, a Petrobrás não se pronunciou até o fechamento desta edição. Já a Andrade Gutierrez admitiu a conclusão das negociações, mas disse que só se posicionará “após a assinatura final do contrato”.

Em nota distribuída ontem à imprensa, o governo gaúcho comemorou o desfecho positivo da questão. “A entrada de um grupo com atuação internacional (Andrade Gutierrez) atesta a atratividade da indústria naval no Rio Grande do Sul”, afirmou o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

Há dez dias, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, se reuniu em Porto Alegre com o governador gaúcho, Tarso Genro, e pediu ajuda para acelerar a negociação entre Iesa e Andrade Gutierrez. O principal receio da Petrobrás é de que o atraso na entrega dos módulos prejudique o cronograma de produção das plataformas do pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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