Instituto Mauá de Tecnologia foca parceria para pesquisas

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O Instituto Mauá de Tecnologia (ITM) vai ampliar as parcerias com a indústria para a migração de alunos e, principalmente, obtenção de financiamento de pesquisas. No principal cargo da instituição desde junho, o superintendente geral, Francisco Olivieri, destaca que falta ao empreendedor brasileiro a visão da academia adotada nos Estados Unidos. Segundo o dirigente, lá a indústria financia a academia porque é dela que brotam as ideias. No Brasil não existe tal cultura. O empresário tem medo de depender da academia por achá-la sonhadora. “Isso não é verdade”, defende.

Olivieri afirma que os profissionais formados pelo ITM têm visão de mercado e são altamente preparados. A indústria ganharia em capacitação e qualidade e a academia poderia investir ainda mais na formação e capacitação. O instituto possui um profissional só para fazer contatos com a indústria em busca de parcerias na área de pesquisa. “Temos o último pró-reitor acadêmico que atua como diretor de Relações Institucionais. Ele busca relação de parceria com a indústria para vender pesquisas e receber financiamentos, e mostrar o que temos de ideias. Podemos tirar a solução de um problema que a indústria nem sabe que existe”, afirma.

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Pesa também no cenário a realidade econômica protagonizada pela gestão do Ministério da Fazenda. “O industrial brasileiro não tem confiança em investir porque não tem uma condução adequada da política econômica. Algumas atitudes tomadas pelo ministério são pontuais e não auxiliam o todo. Não tem almoço de graça. Se dá incentivo em uma área, você retira de outra. O dia que o controle de gastos for feito realmente e a política fiscal levada a sério, nós vamos poder reduzir juros e incentivar a indústria”, alerta.

Gestão

Indagado sobre a prioridade na instituição, Olivieri é enfático: a grande mudança será a participação dos colaboradores no processo de gestão. Como eles ficaram afastados muito tempo, a missão será incentivá-los por meio de motivação. “O colaborador deve exercer sua função, mas também apresentar ideias”, explica.

Atualmente o IMT possui 520 colaboradores entre professores (98% mestres e doutores e 2% especialistas) e funcionários da área administrativa, espalhados nas unidades São Paulo e São Caetano, onde oferece cursos de graduação e pós-graduação para 4,2 mil alunos. Os cursos de graduação na área de engenharia são oferecidos no período diurno (5 anos) e noturno (6 anos).“Temos um índice de 100% dos alunos inseridos no mercado de trabalho antes de se formarem”, diz o superintendente, que é professor na área financeira do IMT desde 2002. Em 2010 assumiu a superintendência do setor e, em junho, assumiu o comando geral pelo período de três anos.

Mais investimento

Ao destacar que a educação precisa de mais recursos, Olivieri cita que para 2015 está prevista a entrega de mais um laboratório, que abrigará os diversos cursos, num total de R$ 20 milhões. “Nós iríamos obter financiamento do BNDES, mas devido aos juros, optamos por recursos próprios”, comenta o superintendente do instituto, cuja receita vem das mensalidades e investimentos feitos em alguns fundos. Por ano, o custeio do IMT é de R$ 100 milhões.

Bolsas avançam para alunos de Design e Administração

A Prefeitura de São Caetano e o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) assinaram em junho a ampliação das bolsas de estudos concedidas aos moradores da cidade. Agora, além de beneficiar estudantes dos cursos de Engenharia, as bolsas também serão oferecidas aos alunos de Design e Administração. A previsão é que cerca de 270 munícipes tenham algum índice de desconto nas mensalidades da instituição em 2015.

Desde o início do programa de bolsas, em 1965, cerca de 10 mil estudantes da cidade foram beneficiados. Além das bolsas oferecidas anualmente, num valor de cerca de R$ 2 milhões, o IMT mantém com recursos próprios e apoio, desde 1999, o Programa de Alfabetização de Adultos (Proalfa), que ajudou São Caetano a receber o título de Cidade Livre do Analfabetismo. Outro benefício direto à cidade é o estímulo dado para que os alunos produzam trabalhos que proponham respostas a desafios de São Caetano em áreas como mobilidade urbana. 

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