No ABC, Marina é vista como candidata e não vice

Marina e Aidan, na rua Oliveira Lima (Foto: Évora Meira)

Ao inaugurar oficialmente a agenda oficial de campanha na região, a ex-ministra Marina Silva (PSB), candidata à vice presidente da República, na chapa encabeçada por Eduardo Campos (PSB), foi recebida pelos eleitores como “candidata” e não a número 2.

Ela caminhou pela Oliveira Lima, em Santo André, tradicional ponto de circulação na região central. No corpo a corpo ela esteve na companhia de Almir Cicote (PSB), candidato a deputado estadual, e do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), candidato a deputado federal.

Newsletter RD

Diferente da rotina verificada na maioria dos candidatos, Marina foi sutil no contato com o eleitor. A socialista, idealizadora da Rede Sustentabilidade (partido em fase de criação), passava em frente ao comércio, parava, e aguardava um retorno favorável das pessoas que estavam no estabelecimento. Quando isso ocorria, ela entrava, cumprimentava e retomava o trajeto. Sempre apresentada por Cicote como “a próxima vice-presidente”.

Apesar da apresentação como vice, os eleitores ainda a identificavam como candidata, tendo na lembrança a candidatura dela ao Planalto em 2010, quando ela obteve cerca de 20 milhões de votos.

“Esse será o nosso desafio. Vamos aproveitar, mesmo o tempo de quase dois minutos, para mostrar que estou no projeto com o Eduardo”, explicou. “Quem ganhará não serão os marqueteiros e nem aqueles ligados à velha política. O voto não tem dono como muitos pensam, por isso não trabalhamos com essa lógica de transferir, mas sim de defender idéias que comungam com o anseio do povo”, disse.

Marina e Eduardo adotaram a estratégia de fazerem agendas paralelas para multiplicar as ações e tentar reduzir o “prejuízo” de terem menos espaço no horário eleitoral.

Suplicy
Mesmo não votando em São Paulo, Marina disse que apoiaria o pleito do petista Eduardo Suplicy para a disputa do Senado paulista. “Eu conheço a história dele”, disse. Já na disputa do Palácio dos Bandeirantes, a Rede, de Marina, “liberou” os candidatos, pois não concordou com o apoio do PSC ao pleito da reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes