Rio Pardo registra pior nível em 70 anos

A principal fonte de abastecimento de água de Ribeirão Preto está em situação crítica em função da estiagem. O Rio Pardo, que responde por 56% do fornecimento da região, registra seu pior nível em 70 anos e está um metro abaixo do previsto para este inverno. O índice pluviométrico caiu 66% no primeiro semestre e não há previsão de chuva para o decorrer deste mês.

Perto da margem, no município de Ribeirão Preto, a régua de medição marcava na manhã desta segunda-feira, 14, uma profundidade de apenas 56 centímetros. Em vários pontos do rio, bancos de areia e pedras tornaram-se visíveis, o que já compromete a navegação.

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A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo engloba 23 municípios, entre eles Altinópolis, Brodowski, Jardinópolis, Mococa, Ribeirão Preto, São Simão, Serra Azul, Serrana, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul. As cidades têm sua economia baseada na agropecuária, indústria, comércio e serviços, setores que já sentem prejuízos da seca. Culturas como a da cebola, batata e milho dependem destas águas para a irrigação.

O rio nasce em Minas Gerais, tem 573 quilômetros de extensão e abastece o Aquífero Guarani, que também sente a escassez de chuvas. Além da morte de peixes em razão da quantidade insuficiente de oxigênio na água, sofre ainda com a poluição, pois quatro municípios da região despejam sem tratamento 100% do esgoto que produzem no leito do rio.

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