Manutenção do IPI deve melhorar economia no segundo semestre

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Com a decisão do governo em atender às reinvindicações de montadores e sindicatos, nesta segunda feira, o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) fica em 3% até o final de 2014. Para Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a região, conhecida pela tradição automobilística, deve se beneficiar com a medida. “A manutenção do IPI sobre veículos tem influência sobre os resultados no mercado e achamos que foi acertada a decisão do governo em manter o imposto no patamar em que está. Precisamos criar as condições econômicas para ter um 2º semestre melhor”, afirma.

Marques também diz que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC defende uma série de instrumentos de política industrial para que o Brasil dê um salto na competição global e não fique atrelado a resultados de commodities. “É importante fortalecer a indústria brasileira, que é uma grande indústria e está entre os dez maiores parques industriais do mundo”, comenta.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, tanto a decisão de manter o IPI, como as medidas que foram tomadas para o financiamento de caminhões e o acordo com a Argentina podem ajudar na recuperação da produção no 2º semestre, além da queda nos estoques que está acontecendo nesse período de férias coletivas e outras medidas. “Acreditamos que o 2º semestre vai ter um ambiente propício para a retomada da produção e a manutenção do IPI ajuda nesse ambiente”, relata.

Já José Braz da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, mais conhecido como Fofão, seus colegas de profissão não devem ser beneficiados com a medida da manutenção do IPI. “Nosso setor está mais ligado a empresas de autopeças. As montadoras que têm mais benefícios através da redução do IPI, mas não repassam para nós”, comenta.

Para Fofão, o que muda é a produtividade. “Se mais carros são fabricados, mais das nossas peças são necessárias. Se houver aumento de empregos, essa será a causa, não o benefício do IPI”, explica.

Segundo Fofão, a cadeia produtiva segue sendo a mesma e as contratações devem aumentar muito pouco para este setor, já que o benefício não fica apenas para as montadoras.