Mauá quer reduzir mortalidade infantil em 24%

Mortalidade infantil sobe em Mauá. Foto: Gil Sobrinho

A Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) prevê divulgar neste trimestre os dados de 2013 sobre mortalidade infantil nos municípios paulistas. Os números que estão disponíveis hoje são de 2012 e revelam a desigualdade entre os municípios do ABC.

Mauá é a cidade em situação mais dramática. A taxa de mortalidade infantil no município registrada em 2012 foi de 15,8 a cada mil crianças nascidas. Em segundo lugar, aparece Diadema, com índice de 13,9. No outro extremo está São Caetano, com 6,4 mortes por mil crianças nascidas.

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A prefeitura de Mauá está otimista com a pesquisa que deve ser divulgada nos próximos meses. A administração acredita que haverá redução na mortalidade no futuro levantamento do Seade, e estabeleceu como meta uma queda de cerca de 24%

“Nossa meta principal deste ano é fazer com que o município de Mauá colabore para que os números da mortalidade infantil do Estado sejam menores. Pretendemos estar um pouco abaixo do índice da secretaria estadual da Saúde. Queremos chegar a 12 ou 12,5, aproximadamente”, afirma a secretária de Saúde de Mauá, Célia Cristina Pereira Bortoletto.
A taxa de mortalidade infantil no estado de São Paulo é de 11,5 para cada mil habitantes.

Já foi pior
Não é de agora que Mauá lidera o ranking de mortalidade infantil no ABC. Em 2010 o município já despontava com a maior taxa da região, em uma situação ainda pior: 17,4 mortes de crianças para cada mil nascimentos. Naquela época a taxa no Estado de São Paulo era de 11,9.

Os índices têm diminuído de forma significativa no Brasil nos últimos anos. A Parceria para a Saúde Materna, de Recém-Nascidos e Crianças (PMNCH), órgão ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgou na semana passada que o país foi que o que mais reduziu a taxa de mortes de menores de dez anos entre as 32 nações que participam da Copa do Mundo.

Desde 1990 (ano de realização de outro Mundial, na Itália) a taxa no Brasil caiu 77%. Na época, a mortalidade era de 62 crianças por mil nascidos vivos. Hoje é de 14.

Estratégia
Chegar a uma taxa de mortalidade zero é, na prática, impossível. Mas com ações adotadas na saúde pública é possível reduzir esses índices ainda mais.

“Existem aqueles casos inevitáveis, como má formações, que na realidade são bebês que certamente iriam morrer mesmo. Mas temos crianças que morrem por outras causas, que nós poderíamos considerar evitáveis”, explica a secretária de Saúde de Mauá, Célia Cristina Pereira Bortoletto. “Caso de criança que engasga com leite, que morre com doença evitável por vacina”, exemplifica.

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Mortalidade infantil no ABC*
(Taxa para cada mil nascimentos)

Santo André – 10,5
São Bernardo – 9,3
São Caetano – 6,4
Diadema – 13,9
Mauá – 15,8
Ribeirão Pires – 9,8
Rio Grande da Serra – 9,6

(*Dados de 2012, divulgados pela Fundação Seade)

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