Preço do bacalhau tem alta de 17%, enquanto ovo de Páscoa cai 9%

Bacalhau, que custava em média R$ 22,46 em 2013, é encontrado hoje a R$ 26,26. Foto: Banco de Dados

Às vésperas da Páscoa, é importante saber que os preços dos alimentos tradicionalmente consumidos nesta data tiveram aumento. O bacalhau, que custava em média R$ 22,46 nesta época em 2013 é encontrado hoje a R$ 26,26, uma alta de 16,91%, segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Fábio Vezzá de Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento, explica que os valores praticados para o bacalhau são muito diversificados, principalmente, em função de aspectos como procedência do peixe, corte e a espessura.

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Os outros produtos a apresentarem aumento, segundo o levantamento feito em diversos hiper e supermercados do ABC, foram as colombas de 500 gramas. No caso da marca Visconti, a alta foi de 7,27%, sendo encontrada a R$ 11,98; o mesmo item da Bauducco subiu 10,03%, com preço médio de R$ 14,12.

Na contramão dos aumentos, o ovo de Páscoa de 170 gramas foi o único produto que teve redução de preço. O produto passou de R$ 25,47, em 2013, para R$ 23,08 (9,37%) neste ano.

Campanha do Pescado
Quem vai fugir da carne vermelha a dica é aproveitar a Campanha do Pescado, que a Craisa realiza nesta quinta e sexta (17 e 18), das 8h às 17h. A ação acontece em quatro pontos da cidade: rua Adriático com rua dos Jornalistas, jardim Teles de Menezes; praça São Marcos, no jardim Bom Pastor; avenida Capitão Mario Toledo de Camargo com Estrada do Pedroso, vila Luzita; e praça Lisboa, na vila Palmares.

A campanha pretende comercializar 15 toneladas de peixes, cinco a mais que no ano passado, e atrair mais de 10 mil pessoas. Entre as espécies à venda anchova, cação, corvina, merluza, pescada, tainha, tilápia, salmão e sardinha.

Procon recomenda

Mas antes de ir às compras de Páscoa, o consumidor precisa ficar atento a vários detalhes. No caso de ovos de Páscoa, a dica do Procon de Santo André, é ficar atento ao preço do produto. A informação deve estar exposta de maneira clara e legível. No caso das tabelas penduradas por cada fabricante, é necessário verificar se estão em números suficientes e ao alcance dos clientes.

“O consumidor sempre deve ficar de olho no prazo de validade dos produtos, além de verificar se o preço cobrado no caixa é igual ao anunciado no local onde os valores estão expostos”, orienta o diretor do Procon, Marco Aurélio Ferreira dos Anjos. O dirigente do órgão explica, ainda, que no caso de ocorrer esta divergência, entre o preço cobrado e o anunciado, na gôndola ou no panfleto informativo, é importante acionar o Procon.

Em Diadema, o diretor do Procon, André Ruiz, recomenda que, como os preços destas mercadorias podem ter aumento significativo, é preciso tomar cuidado para não se endividar. A dica é comparar os preços. “A pesquisa da Fundação Procon-SP mostra que os preços dos produtos de chocolate nesta época podem variar até 95% na região”, afirma.

Outra preocupação de Ruiz é com relação aos brinquedos, em que na embalagem do ovo deve conter a indicação etária. “Os pais precisam ficar atentos se o produto não oferece algum risco à criança”, ensina.

Guardar a nota fiscal é outra dica importante, principalmente para o caso de o ovo não estiver em condições de consumo. “Com a nota é só o comprador retornar imediatamente ao local e solicitar a troca do produto”, diz. Para compras pela internet, Ruiz aconselha a buscar um site confiável e preferir empresas conhecidas, que especificam com detalhes a mercadoria antes da venda.

Peixes
Quanto aos pescados, Ruiz aconselha a ficar atento à data de validade e no peso do produto, além de verificar no rótulo se apresenta o selo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Para verificar a qualidade, a nutricionista Gabriela Paolillo do Prado, de São Bernardo, explica que o bom peixe tem a carne firme, pele brilhante, olhos salientes com a córnea transparente e sem cheiro forte. “Se comprar um peixe fresco e não prepará-lo no mesmo dia, a nutricionista sugere que o mantenha refrigerado e o prepare em até 24h”, ensina Gabriela.

André Ruiz conta que as principais queixas dos consumidores são em relação à data de validade e ao preço. “Nesta semana o valor do bacalhau pode ter um grande aumento, então a recomendação é optar por outro [peixe] mais barato”, orienta.

IPEM fornece mais dicas para consumidor

No período da Páscoa, estão disponíveis no mercado diferentes tipos de pescados e variadas ofertas de ovos de chocolate que enchem os olhos do consumidor, especialmente das crianças. Mas é preciso estar atento às indicações de peso e quantidade, bem como à qualidade dos brinquedos. Para evitar problemas, o IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) apresenta dicas para não errar na hora das compras.

Ovos de chocolate com brindes: se o ovo de chocolate traz brinquedo como brinde, verificar na embalagem se está estampada a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é obrigatória a indicação de faixa etária ou, se for o caso, frase que informe que não existe restrição de faixa etária. No brinde, o consumidor deve também procurar o selo do Inmetro. Somente essas informações garantem que o brinquedo passou por testes e não oferece riscos à criança.

Indicação de peso: ovos, bombons, demais chocolates e colombas devem apresentar a indicação do peso líquido na embalagem. Esta indicação deve referir-se somente ao peso do produto, desconsiderando o valor da embalagem e dos brindes, se houver.

Não compre pelo número: a numeração dos ovos de Páscoa servem apenas como referência. Não se pode dizer que um produto com numeração maior pesa mais, pois cada fabricante adota uma escala. Assim, oriente-se apenas pela indicação do peso líquido.

Fique atento na compra de peixe fresco: sejam eles adquiridos em feiras ou mercados, sempre acompanhe a pesagem do peixe fresco. Esta deve ser feita na presença do consumidor, assim como a embalagem do produto.

Se quer gelo, preste atenção: caso queira que o peixe seja embalado com gelo para que fique protegido e preservado durante o trajeto para sua casa, fique atento se o vendedor não o pesará depois de acrescentar o gelo.

Use a balança da loja: ao comprar peixe em conserva, pré-embalado ou congelado, o consumidor pode solicitar a conferência do peso do produto em balança do estabelecimento. É importante considerar o peso líquido do pescado, além da embalagem.

Não leve mais gelo do que peixe: se levar pescado com bastante gelo, observe na hora do preparo se o mesmo rende a mesma quantidade que está habituado a consumir.

Dúvida fale com o IPEM-SP: o consumidor que desconfiar ou encontrar irregularidades pode recorrer ao serviço da Ouvidoria, pelo telefone 0800-013-0522, de segunda a sexta, das 8h às 17h, ou enviar e-mail para: ouvidoria@ipem.sp.gov.br.

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