Casos de dengue no ABC reduziram 21%

Agente procura possíveis criadouros do mosquito e encontra. Foto: Rodrigo Lima

Para alívio da população do ABC, os números de casos autóctones de dengue, aqueles contraídos nos próprios municípios, apresentaram queda de 21% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2013, quando foram registradas 76 vítimas da doença, de acordo com as prefeituras da região. A única cidade que teve crescimento foi Diadema, com a confirmação de 37 casos nos três primeiros meses deste ano contra 27 na mesma época do ano passado.

Diante da situação, a Coordenadoria de Vigilância à Saúde da cidade orienta os moradores a evitarem água parada e eliminarem possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Além disso, é importante manter as caixas dágua vedadas; lavar, semanalmente, pratos de plantas e bebedouros com bucha e sabão para eliminar os ovos do inseto.

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Em caso de suspeita, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS), tomar bastante líquido, repousar e não fazer uso de medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS).

Em Mauá, a situação é mais tranquila. Desde 2008, o município não registra nenhum caso autóctone de dengue. Na cidade, ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da doença são constantes, como visitas domiciliares quinzenais realizadas pelos Agentes de Combate a Endemias.

O cenário é o mesmo em São Caetano, onde não houve registro de casos da doença no primeiro trimestre deste ano. No próximo dia 26, haverá um mutirão de combate à dengue, com foco na eliminação dos criadores do mosquito Aedes Aegypti. A ação acontecerá em 15 bairros, com distribuição de folhetos explicativos aos moradores.

Em Santo André, foram contabilizados 10 casos no primeiro trimestre deste ano contra 14 no mesmo período de 2013. A cidade possui um programa de controle da doença que envolve várias atividades, entre elas a de combate ao vetor da dengue por meio de visitas casa a casa, realizadas em quatro ciclos, o que dá um total de 175 mil imóveis quatro vezes ao ano.

Já em São Bernardo, houve queda de 60% no número de casos, passando de 32 no primeiro semestre de 2013 para 13 nos três primeiros meses deste ano. Uma ação contra a dengue foi intensificada em alguns bairros que apresentaram números maiores de casos autóctones. No Taboão, onde foram registrados cinco casos, e no Parque São Bernardo, com registro de um caso, está sendo feito uso de inseticida nas residências. Rio Grande não forneceu informações.

Consórcio diz que cenário pode complicar

Apesar dos números favoráveis, o coordenador do GT – Grupo de Trabalho da Saúde, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Homero Nepomuceno Duarte, recomenda as equipes de caça ao mosquito não baixarem a guarda, pois os indíces mostram que os casos de dengue aumentam no segundo trimestre. “Isto se deve, principalmente, pela volta das pessoas de férias do interior e litoral. Elas acabam contraindo a doença e trazendo-a para a cidade”, explica o médico.

Como forma de prevenção, o coordenador, também secretário de Saúde de Santo André, sugere que os munícipes fiquem atentos para as ocorrências no local para onde estão indo e, sempre que possível, usarem repelente.

Duarte atribui a queda nos casos de dengue no ABC ao trabalho contínuo dos municípios, que desenvolvem programas permanentes, não se restringem apenas ao período de chuva e verão. Acrescenta que mutirões regionais devem ser realizados ainda mais neste ano em ação conjunta dos municípios, como forma de combate nos limites das cidades, onde a situação é pior.

O coordenador do GT espera ultrapassar os três mutirões realizados entre os municípios no ano passado. Uma reunião será realizada no Consórcio, na próxima terça-feira (22), com a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para criação de calendário conjunto de ações de combate à doença. (Colaborou Caio Soares)

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