ABC remove mais da metade das moradias em áreas de risco

Prefeitos da região, durante reunião no Consórcio Intermunicipal desta segunda-feira (14)

O mais recente balanço do Consórcio Intermunicipal Grande ABC sobre a remoção de casas de áreas de risco revela que 53,49% das moradias que estavam em situação crítica foram retiradas.

Estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) feito no ano passado mostrou que a região possuía 630 casas em risco extremo, que precisavam ser demolidas imediatamente.

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Deste total, 337 foram removidas. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14).

O Consórcio divulgou também detalhes sobre as notificações feitas às famílias – os avisos de que as casas precisam ser derrubadas. Até a semana passada foram 550 notificações.

Em quatro municípios da região (São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires), todos os moradores das áreas de risco extremo identificadas pelo IPT foram avisados.

Estado vai pagar metade

As famílias que foram retiradas estão recebendo auxílio-aluguel. O valor varia de acordo com a cidade. Vão de R$ 300,00 (Rio Grande da Serra) até R$ 465,00 (Santo André).

O governo do Estado prometeu arcar com metade do valor do auxílio-aluguel em cada uma das cidades da região, mas a promessa ainda não foi cumprida.

Os últimos trâmites burocráticos devem se resolvidos nesta semana. Enquanto isso, a verba necessária para pagar o benefício sai integralmente dos cofres das prefeituras.

“Tivemos nas últimas semanas duas reuniões com o Estado, trabalhando em um protocolo de cooperação entre o Consórcio e o governo, o que define os termos desse processo. Seis convênios de cada um dos municípios serão assinados nos próximos dias”, explica o secretário executivo do Consórcio, Luiz Paulo Bresciani. “Já existem minutas que estão sendo agora revistas pelo governo do Estado. A expectativa é de termos assinado isso ainda em abril”, explica o secretário.

A assinatura dos convênios com o Estado pode ocorrer na próxima quinta-feira (17). A data foi sugerida pelo Consórcio, mas ainda é necessária confirmação por parte do Palácio dos Bandeirantes.

Cada família vai receber o auxílio-aluguel por um período máximo de 36 meses. O objetivo é que nesse prazo todos os moradores que estão sendo retirados tenham conseguido residência definitiva através de programas habitacionais dos municípios.

Do total de 630 famílias que moravam em áreas de risco, 328 já estavam inseridas em projetos de habitação e serão as primeiras a mudar para apartamentos e deixar de receber o benefício.

Quantidade

De acordo com o IPT, a região possui mais de 2 mil residências em áreas de risco. Mas somente 630 apresentam risco extremo de desabamento e foram incluídas no programa de remoções idealizado pelo Consórcio.

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