Santo André estuda novas medidas para reduzir consumo

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O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) estuda em conjunto com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de Estado de São Paulo) novas medidas para tentar reduzir o consumo de água na cidade.

Entre as ações, está prevista a redução da vazão de água durante o período da tarde, quando o consumo é naturalmente menor.

A autarquia municipal garante, no entanto, que a mudança não vai prejudicar o abastecimento, já que em nenhum dia da semana a água deixará de ser enviada para todas as residências da cidade.

Rodízio
A iniciativa foi anunciada pelo superintendente do Semasa, Sebastião Ney Vaz Júnior, nesta quarta-feira (9), mesmo dia em que o governo do Estado começou a admitir – mesmo que timidamente –, a possibilidade de implantar racionamento de água na região metropolitana.

“Temos uma meta de 300 litros [por segundo] pra gente economizar, e isso vai beneficiar as outras cidades do sistema. E não dá pra fazer isso tudo sem sacrifício”, explica o superintendente do Semasa.

“A gente vai, na medida do possível, fazer um certo rodízio sem que as pessoas fiquem sem água, sem intermitência no abastecimento”, afirma. “A população não vai sentir diferença. De manhã tem água, à noite tem água e durante o dia eu dou uma segurada. Isso dá pra fazer em quase todo o sistema e a gente economizar”.

Os detalhes sobre a medida ainda estão sendo acertados com a Sabesp e serão anunciados nos próximos dias. “Vou controlar um pouco mais essa saída de água dos nossos reservatórios”, explica Ney Vaz.

A ação seria uma forma de Santo André contribuir para minimizar os efeitos da crise de abastecimento que atinge a Grande São Paulo, apesar de os reservatórios que abastecem a cidade estarem em situação confortável (Rio Claro, com 95,6% de capacidade, e Rio Grande, com nível de 94,6%).

Cerca de 36 mil residências serão beneficiadas com desconto na conta de água, como parte de outra ação que está em curso desde fevereiro. Para reduzir o consumo, o Semasa vai dar desconto de 30% para quem reduzir o consumo em 20%.

Rumo ao racionamento
Demorou, mas finalmente a implantação do racionamento de água na região metropolitana começou a ser cogitada pela Sabesp. Com a falta de chuvas e o nível cada vez mais preocupante do Sistema Cantareira, é apenas questão de tempo para que a medida seja oficialmente adotada.

Nesta quarta-feira (9), o Cantareira atingiu novo recorde negativo histórico: 12,5% de capacidade.

“Se as chuvas não retornarem a índices adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem restabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água”, afirmou a Sabesp, em relatório publicado na terça-feira (8), no site da companhia.