Tigre na próxima fase do Paulistão é desafiador para Edson Boaro

Edson Boaro concede entrevista exclusiva para o RD. Foto: Rodrigo Lima

Um dos melhores laterais direito da década de 1980, Edson Boaro hoje técnico do São Bernardo foi o entrevistado na série Feras no ABC. Conhecido como Abobrão – ganhou o apelido por utilizar meiões cor de abóbora nos treinos – o treinador falou sobre sua carreira como jogador, seus títulos e decepções, como da contusão na Copa do Mundo de 1986. Boaro foi eleito na década de 80 como um dos melhores laterais direito do Brasil. Iniciou a carreira na Ponte Preta com 15 anos. Depois, com 24, foi para o Corinthians por um período de seis anos. O ex-jogador atribui o sucesso na carreira ao esforço, sacrifício, luta durante a vida profissional para garantiro nome na galeria do futebol. O desafio agora é classificar o Tigre para segunda fase do Campeonato Paulista. Leia a entrevista com o comandante do Tigre, disponível na íntegra em RDTV no site www.reporterdiario.com.br

RD: A contusão na Copa do Mundo de 1986 foi a maior decepção da carreira como jogador?

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Edson Boaro: Eu não sinto uma decepção, sempre fui um cara muito otimista e positivo, isso faz parte do esporte, pois usamos o corpo e tem o contato. Eu tive a oportunidade de jogar contra a Espanha no primeiro jogo e vencemos por 1 a 0. Na segunda partida eu me contundi com 20 minutos de jogo diante da Argélia. O Josimar entrou e fez uma grande Copa do Mundo. Mas eu tenho muito mais alegrias no futebol do que decepções.

RD: Em 1988, você foi campeão paulista pelo Corinthians em cima do Guarani de Campinas e na partida final marcou um gol. O que representou este momento para você?

Edson Boaro: Todo jogador gostaria de jogar em uma equipe grande igual ao Corinthians. Foram quase seis anos muito importantes na minha carreira. Conhecimento, mídia, fortalecimento, tudo isso conquistei no Corinthians. O título de 88 foi muito importante, pois já perseguia ele há um bom tempo.

RD: Como jogador e como técnico, você se inspirou em algum profissional em especial?

Edson Boaro: Na base da Ponte Preta, eu observava muito o Jair Picerni, que teve um momento maravilhoso em 77. Como treinador, observo um conjunto de técnicos. Trabalhei com grandes nomes como Cilinho, Zé Duarte. Claro que temos o nosso método de trabalhar, não é só colocar o time em campo, por isso que hoje os treinadores tem que tomar cuidado se não o coração não aguenta.

RD: O Edson Boaro quando era jogador era conhecido como o Abobrão. Como surgiu este apelido?

Edson Boaro: Em 1974, teve o carrossel holandês, a grande sensação da Copa. Em 75 fui fazer o teste na Ponte Preta e tinha um meião na cor da seleção que era laranja. Aí todo mundo ficando me chamando de abóbora, e o apelido pegou. Hoje o pessoal respeita mais e chama de Edson Boaro, mas naquela época virou febre.

RD: No São Bernardo, você começou treinando os jogadores da base do time, e agora comanda o melhor momento da história do Bernô. Como você analisa esta trajetória?

Edson Boaro: Eu fui convidado pelo presidente Luiz Fernando Teixeira em 2009, para tomar conta da base do time, que na época era terceirizada. Assumia às vezes o profissional quando acontecia algum problema, depois me aproximei mais e comecei a trabalhar como supervisor técnico. Já estamos três anos na série A1 do Campeonato Paulista, disputamos a Copa do Brasil e garantimos o título da Copa Paulista. Sou funcionário do clube e faço o que há de melhor para o São Bernardo.

RD: Agora o desafio é a classificação para a segunda fase do Paulista e também para a série D do Campeonato Brasileiro?

Edson Boaro: Com certeza. Temos 13 pontos estamos bem na classificação do campeonato, mas não podemos descuidar. Agora o pensamento é trabalhar para se classificar.

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