Fabinho não pensa em aposentadoria

Ex-Corinthians, Fabinho é a grande aposta do Azulão. Foto: Rodrigo Lima

Na primeira entrevista da série Feras no ABC, o personagem da vez foi Fabinho, jogador que passou por Corinthians, Santos, Cruzeiro e fez história no cenário nacional. Natural de São Bernardo, o atleta volta para o São Caetano, clube que o revelou em 1999. “É bom estar em casa, onde tudo começou”, diz. Com 33 anos, Fabinho descarta aposentadoria logo e fala sobre histórias do futebol e, ainda, o que pretende fazer quando pendurar as chuteiras. Veja a entrevista com o volante do Azulão, disponível na íntegra em RDTV no site www.reporterdiario.com.br

RD: Você passou um momento no São Caetano muito bom. Como é voltar no pior ano da história do Azulão?

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Fabinho: É difícil. Passei realmente grandes momentos aqui. O São Caetano é um ótimo lugar para trabalhar. Como todo grande clube passa por momentos difíceis. Entendo a realidade do clube, mas estou feliz por ter voltado.

RD: Você tem saudade dos bons tempos no Corinthians? Aliás, o timão também passa por momento delicado…

Fabinho: Tenho saudades dos momentos bons, não só do Corinthians que foi onde ganhei mais título, como também do Santos, Cruzeiro, da Europa, da Ásia. O Corinthians é sempre Corinthians, ninguém pode relaxar, pois ali é uma panela de pressão. Mas é muito bom jogar, as vitórias pesam muito mais e as derrotas, então, nem se fala.

RD: Com 33 anos, muitos pensavam que você iria se aposentar antes mesmo de assinar com o São Caetano. Como você vê a aposentadoria?

Fabinho: Você precisa estar satisfeito com o que você vê pela frente, você precisa ter metas. Realmente pensei em parar, pois já conquistei muitas coisas e o futebol vem mudando drasticamente, as coisas ficam diferente daquilo que você acostumava a ver. Hoje não me vejo longe de nenhum atleta de série A, mas a minha realidade é o São Caetano, pois tenho um carinho muito grande por esse clube, uma amizade especial com os dirigentes.

RD: Você tem planos para virar técnico, dirigente ou qualquer outra profissão ainda no futebol?

Fabinho: Com certeza. Já estudo há tempo para ser treinador, mas entendo que tudo na vida é preparação, estudo e aprendizado. Não tem como começar uma carreira, sem encerrar a sua atual. Então eu quero ter a certeza de que eu já conquistei o que tinha para conquistar, me dar por satisfeito, para então pensar futuramente.

RD: Você deve ter várias histórias, até pelo fato de já ter trabalhado com jogadores exóticos, como o Vampeta. Qual a história que mais marcou?

Fabinho: É difícil o Vampeta ter inimigo, um cara que brinca muito, e jogou muita bola. Sempre me inspirei nele nas categorias de base, e depois tive a honra de conquistar vários títulos ao lado dele. O Vampeta sempre chamava para si as responsabilidades dentro e fora de campo. Quando vivemos um belíssimo momento contra o São Paulo, em 2002, ele inventou a história do Bambi e deixava os jogadores muito nervosos. Uma equipe que tinha qualidade, como Kaká, Julio Baptista, Luis Fabiano era complicado. Na final do Paulistão, ao chegar ao vestiário, eu estava ao lado do Vampeta e ele começou a tirar da bolsa uma bíblia, uma imagem, uma guia e colocou também o São Jorge. Falei para ele que não estava entendendo, pois é complicado você agradar todo mundo. Ele disse que nessas horas tinha que apelar para todos os santos. Essa história marcou, pois é um cara muito engraçado e conseguia distrair o grupo, sem perdemos o foco do que tínhamos que fazer dentro de campo.

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