Sete universidades expõem pesquisas em São Bernardo

Pesquisadores da FMABC estão entre os inscritos no simpósio científico

No próximo dia 7, quarta-feira, acontece o 2º Simpósio de Pesquisa do Grande ABC, no Cenforpe (Centro de Formação dos Profissionais de Educação), em São Bernardo. O encontro, que conta com o apoio do Repórter Diário, reunirá sete importantes instituições de ensino superior da região: Metodista, USCS, FSA, FMABC, FEI e Mauá. O objetivo é discutir e apresentar pesquisas realizadas nas áreas de educação, humanas e sociais aplicadas, exatas, engenharias, saúde e biológicas.

Além dos trabalhos apresentados pelas universidades, o simpósio contará com palestras do diretor-científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, e de Hélio Dias, do Ivepesp (Instituto de Valorização do Ensino e da Pesquisa no Estado de São Paulo). Haverá também a participação de outras agências de fomento, como a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

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Interação científica
Segundo Marcelo Pavanello, vice-reitor de Ensino e Pesquisa da FEI e coordenador do simpósio em 2012, o fórum visa aproximar as escolas e demonstrar o potencial de pesquisas na região. “Todas as universidades interagiam pouco entre si e com o setor produtivo, e isso precisava melhorar. O evento mostra como a gente pode se agregar para produzir conhecimento de caso e maximizar o potencial de geração de riqueza da região”, relata.

As sete instituições inscreveram quase 600 trabalhos científicos, realizados por professores e alunos. Do total, mais de 400 foram aprovadas para apresentação, que será feita em pôsteres e, para os trabalhos mais relevantes, de forma oral. “Houve aumento brutal de trabalhos com relação à primeira edição. Isso mostra como havia demanda na região e com ela não vinha sendo explorada”, diz Pavanello.

Para o vice-reitor da FEI, alguns resultados da primeira edição já são vistos, um deles o aumento no número de parcerias entre as universidades e as empresas. “Outro exemplo é que o ABC tem atraído multinacionais para o setor produtivo”, observa.

Burocracia é entrave

Na última década, o Brasil passou a ocupar posição de maior destaque no ranking dos países que mais se engajam em pesquisas e patentes, fato que pode ser atribuído, em parte, à promulgação da lei que prevê o incentivo fiscal às universidades e empresas para a realização de trabalhos científicos (lei 11.487/2007).

Entretanto, Marcelo Pavanello crê que isso ainda não seja suficiente. “Há uma intenção muito boa, mas existem vários entraves e a lei ainda carece de melhor normatização para permitir que o setor produtivo possa se beneficiar dela”, analisa.

Se comparado o Brasil com outros países em desenvolvimento, como a China, ainda se observa uma grande defasagem no que diz respeito ao assunto. “O montante total de pesquisas e patentes, ainda que modesto, já superou vários países num intervalo curto de tempo”, diz. “A gente vem num momento de aceleração, induzido por políticas publicas que ajudam. Tem burocracia, mas há uma boa quantidade de linha de fomento que pode privilegiar a inovação na indústria”, conclui o pesquisador.

A programação do simpósio e outras informações podem ser obtidas no portal www.metodista.br/spgabc.

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