CPI do Semasa chega ao fim sem provar venda de licença ambiental

Sede do Semasa: CPI chegou ao fim nesta terça / Foto: Forlan Magalhães

A Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para investigar o suposto esquema de extorsão para liberação de licenças ambientais no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) encerrou os trabalhos nesta terça-feira (29/05).

A CPI foi instalada no início de março, após o surgimento das primeiras denúncias provocadas pelo então diretor de Gestão Ambiental, Roberto Tokuzumi, que acusou o ex-superintendente Ângelo Pavin e seu adjunto Dovílio Ferrari Filho, capitaneados pelo advogado Antonio Calixto Júnior, de extorquirem as empresas para conceder a licença ambiental.

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A oposição, representada pelo vereador José Montoro Filho (PT), tentou emplacar como relatório oficial o relatório paralelo apresentado na última sexta-feira (25/05) que pedia, entre outros itens, o afastamento do prefeito Aidan Ravin (PTB). 

Uma reunião entre os membros da CPI estava marcada para o início da tarde, onde o relator Toninho de Jesus (DEM) apresentaria as conclusões dos trabalhos, mas o encontro acabou ocorrendo somente às 20h, quando o relatório final foi apresentado.

O texto do relator Toninho de Jesus foi aprovado por 4 votos a 1. Marcelo Chehade (PSDB) votou a favor do relatório, mas com ressalvas devido ao fato de Pavin ter sido citado como “omisso”.

“O relatório final é sem conteúdo, nem cita o nome do prefeito Aidan. Foi feito para cumprir tabela”, critica o vereador Montorinho, que propôs, sem sucesso, a prorrogação da CPI.

“Nosso trabalho não terminou pela metade”, rebate o presidente da CPI, vereador Donizeti Pereira (PV). “Nós temos um fator determinado que é sobre a venda de licenciamento ambiental. Tirando acusações pessoais de ambos os lados, não encontramos provas”, garante. O relatório da CPI do Semasa, aprovado nesta terça, será lido na próxima quinta-feira (31/05).

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