A CPI da Câmara de Santo André que investiga o suposto esquema de pagamento de propina no Semasa vai convocar a Brookfield a enviar representante para prestar depoimento. A empresa foi citada pelo advogado Calixto Antônio Junior como uma das participantes do esquema ilegal de liberação de licenças ambientais.
O nome do depoente será definido pela própria empresa. O depoimento deve acontecer na próxima quarta-feira (18/04). “A Brookfield foi chamada porque o Calixto mencionou que a empresa deu R$ 5 milhões para obter licenciamento ambiental”, explica o vereador José Montoro Filho (PT), o Montorinho, único parlamentar da oposição que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito.
Nesta quarta-feira (11/04) a Comissão ouviu Luciana Yuri, que foi funcionária do Semasa por 12 anos e ocupou o cargo de assistente técnica de Licenciamento Ambiental. Ela foi citada no depoimento de Roberto Tokuzumi como integrante do suposto esquema de propina.
“Perguntamos a ela se ela teria sofrido algum tipo de pressão para fornecer facilidades. Disse que não participou, que não viu ninguém reclamando”, afirma o presidente da CPI do Semasa, Donizeti Pereira (PV).
A oposição avalia que o depoimento da ex-funcionária do Semasa comprometeu o superintendente da autarquia. “Ela confirmou que o Calixto era sempre visto no Semasa, no 6º andar, e o Pavin diz que não o conhece”, afirma o vereador Montorinho.
O vereador Marcelo Chehade (PSDB), também integrante da CPI, acredita que o depoimento acrescentou pouco às investigações. “A ex-funcionária foi evasiva nas respostas, foi um depoimento fraco”, acredita.
Visita – Os integrantes da CPI do Semasa farão uma visita ao Semasa na próxima segunda-feira (16/04) a partir das 14h. O objetivo é analisar o trâmite de liberação de licenças ambientais.