Servidores de Santo André rejeitam proposta de reajuste

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Os servidores públicos de Santo André recusaram na noite desta quarta-feira (28/03), em assembleia, a proposta de reajuste salarial oferecida pela administração municipal.

A categoria pede 16% de aumento. O valor leva em conta a projeção da inflação para este ano e parte da reposição das perdas acumuladas desde 1997, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André (Sindserv).

A proposta da Prefeitura, apresentada na manhã desta quarta-feira, foi de 3,5% de reajuste. Mais do que o aumento de 1,5% apresentado inicialmente, mas ainda longe do ideal, na avaliação do sindicato.

“Vamos aprofundar a luta e procurar o governo para negociar de novo. Vamos ainda elaborar uma carta aberta à população para mostrar o que está acontecendo na Prefeitura. É inverdade que o governo não pode dar reajuste”, avalia o diretor de imprensa e divulgação do Sindserv Santo André, Aylton Affonso.

Apesar de terem recusado o reajuste oferecido pela Prefeitura, os trabalhadores não entraram em greve. Está marcada para a próxima segunda-feira (02/04) nova assembléia, quando os trabalhadores definirão os próximos passos da negociação. A expectativa é que até lá a gestão Aidan Ravin apresente nova proposta de reajuste.

Em 2011 os trabalhadores conquistaram aumento de 14%, que foi aplicado em duas vezes: 8% em abril e 6% em dezembro. A categoria garantiu ainda abono de R$ 250,00 em julho daquele ano, além da incorporação de R$ 50,00 no salário.

Plano de carreira – No mês que vem os servidores públicos de Santo André darão os primeiros passos para retomar a discussão sobre o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) para o funcionalismo municipal.

A categoria vai se reunir no dia 13 de abril para começar a esboçar uma proposta de readequação dos cargos e salários, que fará parte do Plano de Carreira que o Sindserv pretende elaborar e apresentar para a administração.

Em março do ano passado, a Prefeitura promoveu uma votação on-line para que os servidores pudessem escolher entre três projetos de PCCV elaborados pela Prefeitura. 95% dos votantes decidiram por não aceitar nenhuma das propostas, por considerá-las insuficientes.