Postos devem voltar a receber combustíveis nesta quinta-feira

Posto no centro de Santo André; Frentistas da região tiveram pouco trabalho nesta quarta-feira / Foto: Marciel Peres

Os motoristas do ABC enfrentaram mais um dia de apreensão nesta quarta-feira (7). A decisão da Justiça de São Paulo, que determinou que os caminhoneiros voltassem a realizar o transporte do combustível, não foi suficiente para normalizar o abastecimento nos postos da capital e da Grande São Paulo. A maioria dos profissionais continuou de braços cruzados durante todo o dia.

No entanto, durante a noite, caminhoneiros sinalizaram que o protesto finalmente estaria chegando ao fim. Era possível observar caminhões-tanque sendo escoltados pela polícia em avenidas do ABC.

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Mais cedo, questionado porque a paralisação continuava mesmo após a determinação da Justiça, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) lavou as mãos. A entidade disse que recomendou aos caminhoneiros a volta ao trabalho. De acordo com o sindicato, no entanto, os motoristas tem autonomia para decidir se continuam ou não a paralisação.

A expectativa do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR) é que o abastecimento em postos da região seja normalizado dentro de quatro dias, caso os caminhoneiros realmente voltem ao trabalho.

O desabastecimento tem preocupado o setor. “Desde segunda-feira não recebemos combustível”, afirma o presidente do Regran, Toninho Gonzales. “O consumidor está ficando desesperado. O caos está implantado. Se a polícia não tomar uma atitude, e a Justiça não fazer valer a multa, vai ser difícil normalizar a situação”.

Os postos que tinham combustível nesta terça e quarta-feira registraram vendas recordes. Apesar disso, a falta de perspectiva de normalização do abastecimento causa apreensão nos empresários. “A gente não está preparado pra faltar combustível. Você trabalha tudo em um dia só e depois fica parado. É um prejuízo que tende a piorar nos próximos dias”, afirma Kátia Madeira, gerente de um posto localizado na avenida Perimetral, em Santo André.

Caminhoneiros sinalizam retorno

O Sindicato dos Transportadores de Rodoviários de Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) informou em nota na noite desta quarta-feira que os caminhoneiros que fazem o transporte de combustível voltarão ao trabalho na quinta, desde que a Polícia Militar garanta a segurança dos trabalhadores.

Após uma reunião com dirigentes das entidades que representam os caminhoneiros, ficou decidido que os motoristas só sairão dos pátios no Ipiranga, na zona sul de São Paulo, e em Barueri, Guarulhos e São Caetano, com escolta.

Para tanto, o Sindicam-SP protocolou um pedido formal no Comando Geral da PM. O comunicado ainda afirma que viaturas do sindicato e das empresas, com claras identificações, vão auxiliar tanto caminhoneiros quanto policiais na distribuição de combustível pela cidade.

Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que dará todo o apoio ao Sindicam-SP e aos trabalhadores. “As escoltas continuarão como vem sendo feitas desde segunda-feira, em comum acordo com todos os segmentos dos canais de distribuição de combustível”. O comunicado da PM afirma ainda que precisa da colaboração do sindicato e dos transportadores autônomos para evitar incidentes. “Temos certeza do comprometimento desses profissionais para com a sociedade paulista”.

O Sincopetro-SP, sindicato que representa os postos da Grande São Paulo, solicitou à CET a suspensão temporária das restrições para caminhões, para faciliar o transporte de combustível para os postos.

(Com Agência Estado)

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