ABC pode ter cinco novos casos de rixa

Pontos de ônibus eram vermelhos e foram pintados de azul / Foto: Marciel Peres

Se depender do desenrolar da política na região, o morador do ABC pode se deparar com novos casos de rixa política em meados de 2013. O atual cenário eleitoral deixa em aberto a possibilidade de mudança em pelo menos cinco das sete cidades, alinhando a probabilidade de novo revanchismo e utilização indevida do dinheiro público.

A maior possibilidade é em Santo André. Comandado atualmente por Aidan Ravin (PTB), o Município tem um dos bastidores políticos mais agitados e, consequentemente, uma das maiores chances de mudanças no Paço.

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Além de Ravin, nome natural na corrida pela reeleição, Santo André tem, pelo menos, mais três políticos na disputa: Carlos Grana (PT), Nilson Bonome (PMDB) e Raimundo Salles (PDT). Isso sem contar a hipótese de Paulinho Serra (PSDB) materializar o desejo de se lançar numa candidatura ao Paço, em detrimento das chances de ver tucanos em âmbito estadual apoiando o petebista Aidan. Caso as cinco candidaturas se confirmem, as chances de mudança na Prefeitura crescem, dando brecha às rixas.

Em São Caetano, o reinado petebista na figura de José Auricchio Jr. se vê ameaçado pela pré-candidatura – ainda que driblando obstáculos no que tange disputas internas e judiciais – do PMDB, do vereador Paulo Pinheiro.

Ex-pupilo de Auricchio, Pinheiro conta com apoio do bloco peemedebista em âmbito estadual. Caso sua candidatura se confirme, disputará o comando do Palácio de Cerâmica contra o poder da máquina governista, encabeçado pela indicação do prefeito. Hoje, a bolsa de apostas coloca Regina Maura Zetone (PTB), assessora especial de coordenação da Ação Social de São Caetano, como pré-candidata governista.

Em Mauá, Oswaldo Dias (PT) tenta a reeleição sob a ameaça da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), filha do ex-prefeito Leonel Damo. Dias passa por certa turbulência no que diz respeito ao vice. Colega de Damo na Assembleia Legislativa, Donisete Braga (PT) é cotado para a vaga.

O mesmo burburinho ocorreu em Diadema, com o atual prefeito, Mário Reali (PT). Mas no Município, a sombra do ex-chefe do Executivo e hoje deputado federal, José de Filippi, paira na administração de Reali. Por outro lado, possíveis adversários como Lauro Michels (PV) e Zé Augusto (PSDB) ainda não esquentaram os motores.

O atual prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, tenta emplacar o próprio vice, Dedé (PPS), como sucessor. Vai encarar a ex-prefeita Maria Inês (PT) e Saulo Benevides (PMDB), também pré-candidatos. São Bernardo e Rio Grande da Serra são os municípios com cenário eleitoral mais estável. Logo, têm menos chances de apresentar o famoso revanchismo pós-eleição.

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Leia as outras reportagens da série especial sobre rixas políticas elaborada pelo RD:

1 - Rivalidade política na região continua após voto

3 - Ações motivadas por rixas podem significar falta de planejamento

4 - Rixas entre políticos podem desagradar novo eleitor

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