No ABC, Mercadante cobra investimentos na Ciência e Tecnologia

O ministro da Ciência, Tecnologia e Informação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil apresenta um cenário de estabilidade econômica, mas que não pode se acomodar diante dos novos desafios, principalmente sob o prisma da nova geração.

Ao ministrar aula magna na UFABC, em Santo André, o petista fez aos 1700 alunos, que ingressaram neste ano na graduação, uma exposição sobre os números da balança comercial do País e seu investimento em tecnologia e inovação, historicamente baixo. Mercadante colocou como “maior desafio estrutural do País” a baixa qualidade e acesso à educação, ciência e tecnologia.

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O ministro defendeu com veemência que o Brasil não sirva apenas de cenário para que multinacionais desenvolvam algumas atividades. Na visão dele, o país deve investir, por meio de pesquisas científicas, para liderar o processo da produção do conhecimento.

Um dos exemplos citados por Mercadante diz respeito à produção de tablets. Nesta semana foi publicado o decreto que inclui esses equipamentos na mesma categoria dos computadores de mesa e dos portáteis, reduzindo as taxas alfandegárias à importação dos componentes, o imposto aplicado aos produtos industriais e as contribuições à previdência social.

Assim, os tablets fabricados no Brasil serão competitivos em relação aos produzidos na Ásia graças a isenções fiscais. A redução tributária diminuirá o preço dos tablets em 31%, tornando o Brasil um país “atrativo” como plataforma para a exportação e também para o “grande mercado” local.

A norma exige que as empresas fabriquem pelo menos 20% dos componentes dos tablets no Brasil para se beneficiarem da redução tributária. O governo concederá um prazo para que as empresas se adaptem “gradualmente” a esta exigência, segundo informou o Ministério da Ciência e Tecnologia em comunicado. “Nós estamos com déficit comercial de quase 20 bilhões de dólares. O Brasil já se consolidou como terceiro mercado mundial de computação. Temos que usar essa condição para atrair toda cadeia produtiva. É uma medida estratégica. As empresas estrangeiras que quiserem deverão produzir aqui”.

Mercadante também disse que o País deve planejar, com muita convicção, o rumo da riqueza proveniente do pré-sal. A estimativa é que o País obtenha cerca de cinco trilhões de dólares nos próximos 15 anos. Ao contrário do que defende muitos políticos, o ministro afirma que a maior parte dos royalties não deveria ir para prefeitos e governadores, mas direto para educação, ciência e tecnologia.

2012

Cotado como um dos quadros do PT para disputar a Prefeitura de São Paulo, em 2012, ele evitou falar de política. 

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